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sábado 20 abril 2024
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ComAvEx abre as portas para a população

ComAvEx abre as portas para a população

O ComAvEx Comando de Aviação do Exército realiza neste sábado dia 2 de setembro, um dia de portas abertas à comunidade, com exposições diversificadas, apresentação de cães adestrados, demonstrações de saltos de paraquedistas, entre outras atrações durante todo o dia. O ponto mais importante será a apresentação da Esquadrilha da Fumaça que vai embelezar o céu de Taubaté com as emocionantes manobras dos pilotos da Força Aérea Brasileira. O Diário de Taubaté conta um pouco da história e das atribuições deste legado da FAB.
Com a nobre missão de apresentar demonstrações aéreas por todo o Brasil e pelo mundo afora, a Esquadrilha da Fumaça difunde a imagem institucional da Força Aérea Brasileira (FAB). O Esquadrão de Demonstração Aérea – EDA (nome oficial) se localiza na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga, no estado de São Paulo.

Atribuições da Esquadrilha da Fumaça

• Estimular e desenvolver a vocação e a mentalidade aeronáuticas
• Valorizar a Força Aérea Brasileira e o sentimento de nacionalismo
• Expressar a afirmação e o profissionalismo de todos os componentes da FAB
• Demonstrar o alto grau de treinamento e a capacidade dos pilotos brasileiros
• Comprovar a qualidade dos produtos da indústria aeronáutica brasileira
• Contribuir para uma maior integração entre a Força Aérea Brasileira e as demais Forças Singulares
• Estimular o entrosamento entre os segmentos civil e militar ligados à atividade aeronáutica
• Representar a FAB no exterior como instrumento diplomático
• Difundir a política de Comunicação Social do Comando da Aeronáutica
• Participar do processo de integração nacional, marcando a presença da FAB nos eventos realizados em todo o país.

A-29 Super Tucano

Desde julho de 2015, a Esquadrilha da Fumaça retomou sua agenda de demonstrações aéreas com as aeronaves A-29 Super Tucano, após dois anos de implantação operacional e logística. O Super Tucano é a quinta aeronave adotada na história da instituição. Fabricado pela EMBRAER, o avião já era empregado pela Força Aérea Brasileira (FAB), cumprindo missões de defesa aérea, treinamento avançado, ataque leve, escolta, patrulha aérea de combate e formação de líderes da aviação de caça.
Ao serem adotadas pelo EDA, as aeronaves ganharam pintura com as cores vibrantes da Bandeira do Brasil, incentivando o sentimento de patriotismo e a admiração dos espectadores pela equipe brasileira em todo o mundo. Com mais de 60 anos de história, a Fumaça se concretizou como um instrumento de comunicação social da FAB, com manobras arrojadas e algumas exclusivas que a fazem diferenciar das demais esquadrilhas do mundo, como o voo invertido em formação, sua especialidade.

Número de demonstrações

Com mais de 3.750 demonstrações realizadas no Brasil e em 21 países, o EDA representa para milhares de pessoas a oportunidade de estabelecer contato, de maneira emocionante e inesquecível, com a Força Aérea Brasileira. A implantação da nova aeronave, mais moderna e compatível com o atual contexto tecnológico, representa o início de uma nova era caracterizada pela inovação e pelo progresso.
No dia 3 de julho de 2015, a Esquadrilha realizou sua estreia com as aeronaves A-29 Super Tucano, mantendo sua tradição e vocação, durante a Cerimônia Militar de Entrega de Espadins da Turma Jaguar na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga/SP. O voo histórico no “Ninho das Águias” foi mais uma confirmação da forte ligação existente entre a Fumaça e os Cadetes, uma vez que a instituição foi criada para incentivá-los a confiarem em suas aptidões aeronáuticas.

O momento marcou a retomada da agenda de demonstrações após a conclusão do “Programa de Implantação da Aeronave A-29 Super Tucano no EDA”. O programa de implantação operacional e logística teve início no ano de 2013 em substituição aos aviões T-27 Tucano, que foi utilizado no Esquadrão por 30 anos.

Demonstração Aérea

Toda apresentação conta com sete pilotos em sete aeronaves. Cada posição de voo tem uma função específica, e as manobras são realizadas ora com os sete aviões, ora com quatro, ora com três e ora com um avião, o Isolado. Um oitavo piloto fica em solo realizando a locução. As missões também podem contar com avião de apoio para o transporte de equipe e material. A demonstração tem duração de 35 minutos e conta com cerca de 50 acrobacias.

Em uma demonstração aérea, antes da decolagem, os sete pilotos são acompanhados pelos mecânicos da área de manutenção e se apresentam para o Líder da Esquadrilha, marchando até os aviões e iniciando as ações necessárias para a partida das aeronaves. Após todos os procedimentos de segurança, é dado início ao show aéreo.

A demonstração com o A-29 Super Tucano procurou seguir a sequência de manobras que eram realizadas com o avião anterior, o T-27 Tucano, fazendo as adequações necessárias devido ao fato de a aeronave ser mais potente e apresentar maior capacidade operacional. A Fumaça também voltou a realizar duas manobras que não estavam mais sendo executadas pelo T-27: Lancevaque e Chumboide. Outra novidade é a adoção da fumaça ecologicamente correta, baseada no conceito sustentável de não agredir o meio ambiente.

Lancevaque e Chumbóide

São acrobacias que voltaram a ser realizadas pelo EDA, sendo executadas pelo piloto da posição de número 7, o Isolado. Ambas eram realizadas no início da era Tucano e retornaram à demonstração com o A-29.
As manobras consistem em uma combinação de comandos aplicados pelo piloto que provoca uma reação da aeronave que se assemelha a “cambalhotas no ar”. No caso do Lancevaque, os giros são mais verticalizados. Enquanto que o Chumboide tem o perfil mais horizontal. Para o público, traz a impressão de que o avião está descontrolado, mas o piloto tem total controle sobre a aeronave, podendo retornar ao voo normal a qualquer momento.

Escrita com fumaça

O sistema de escrita com fumaça foi um projeto criado por técnicos da Fumaça para ser utilizado, inicialmente, na aeronave T-27 Tucano. Com base nessa ideia, a EMBRAER produziu, em coordenação com equipe de manutenção do EDA, um novo sistema de programação de escrita com fumaça criado especialmente para a aeronave A-29 Super Tucano, já utilizando a tecnologia padrão embarcada da própria aeronave.
Para isso, houve a instalação de um software no sistema – programa conhecido por “PROESA”, que significa “Programador de Escrita Aérea”. A frase, inserida neste software ainda em solo, produz coordenadamente a escrita no céu – método criado e desenvolvido pela própria equipe do EDA.
Para formar as letras, sete aeronaves voam em formatura “linha de frente”, ou seja, uma ao lado da outra, com velocidade constante. Cada piloto insere um cartão de memória da própria aeronave no sistema, fazendo o download dos dados de escrita. As informações dos cartões são, então, transferidas para o sistema instalado na aeronave, passando pelo processamento de dados do avião. Se o piloto voar na posição de número 4, por exemplo, ele deve digitar no sistema do avião a posição na qual irá voar, para que o mesmo possa produzir a fumaça correspondente.
Na sequência, o sistema de processamento de dados da aeronave gerencia o acionamento da bomba que liga e desliga a fumaça nos momentos previstos, fornecendo o óleo para os bicos pulverizadores. A fumaça sai entrecortada do avião, e as letras podem ser vistas por espectadores a uma altura de, aproximadamente, 10 mil pés, o que corresponde a três mil metros. Com esse sistema, a Esquadrilha continua a realizar homenagens a datas festivas, eventos, cidades e personalidades, com o uso do seu novo sistema de programação de escrita com fumaça.

História

A Esquadrilha da Fumaça nasceu da iniciativa de jovens instrutores de voo da antiga Escola de Aeronáutica, no Rio de Janeiro, que, em suas horas de folga, treinavam acrobacias em grupo, com o objetivo de mostrar aos cadetes a capacidade e segurança dos aviões, incutindo-lhes confiança e motivando-os para a pilotagem militar. Em 14 de maio de 1952, aconteceu a primeira demonstração oficial da Esquadrilha da Fumaça no Rio de Janeiro.

Aeronaves utilizadas

A equipe iniciou suas atividades com o avião norte-americano NA T-6 Texan, e o utilizou até a desativação do Esquadrão em 1977. No final dos anos 1960, por um breve período, operou os jatos de fabricação francesa T-24 Super Fouga Magister. Reativada em 1982, a Esquadrilha da Fumaça voou o T-25 Universal e, rapidamente, em 1983, passou a voar os turbo-hélices de treinamento T-27 Tucano, fabricados no Brasil pela EMBRAER. Em 31 de março de 2013, aconteceu a última demonstração com essa aeronave que, em seguida, foi desativada, dando lugar ao seu substituto: o Embraer A-29 Super Tucano. Assim como o T-27, o A-29 também recebeu a pintura nas cores da Bandeira Nacional.

Recorde mundial

A Esquadrilha da Fumaça já atingiu três recordes mundiais – “Guinness World Records”. O último recorde alcançado aconteceu em 2006, quando 12 aeronaves voaram de dorso (cabeça pra baixo) por 30 segundos, percorrendo três mil metros. O momento ocorreu na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga. No ano de 1996, a Esquadrilha bateu seu primeiro recorde, quando dez aeronaves fizeram o voo invertido por 30 segundos, uma marca então inédita. No ano de seu cinquentenário, 2002, o EDA atingiu mais um recorde com o voo invertido de onze aviões.

Equipe

A Esquadrilha da Fumaça é formada por militares da Força Aérea Brasileira. Atualmente, são 13 oficiais aviadores, um especialista em aviões, um médico, três oficiais de Comunicação Social, e uma equipe de graduados especialistas, divididos na área administrativa e de manutenção de aeronaves – conhecidos carinhosamente por “Anjos da Guarda”. Os soldados completam o time, colaborando na rotina diária.

Equipe de oficiais pilotos no ano de 2017:

#1 – Tenente-Coronel Aviador Líbero Onoda Luiz Caldas / Major Aviador Marcelo Oliveira Silva
#2 – Capitão Aviador Cléryson Wander Teixeira / Capitão Aviador Thiago Romeiro Capuchinho
#3 – Major Aviador Ubirajara Pereira Costa Júnior / Capitão Aviador Lucas Pacheco Yoshida
#4 – Capitão Aviador Juliano Augusto Sousa Nunes / Capitão Aviador Glauber Lage Moreira Claver Silva
#5 – Capitão Aviador Nilson Rafael Oliveira Gasparelo / Capitão Aviador Pedro Augusto Esteves
#6 – Major Aviador José de Almeida Pimentel Neto / Capitão Aviador Felipe Caldoncelli Barra Melo
#7 – Major Aviador Daniel Garcia Pereira / Major Aviador Eduardo Maia Arantes

Equipe de oficiais de outras áreas no ano de 2017:

Manutenção de Aeronaves:
– Capitão Especialista em Aviões Fábio José de Souza Rocha Tavares

Medicina:
– Tenente Médico Igor do Nascimento Sotana

Comunicação Social:
– Tenente Publicitário Eduardo Marques de Souza Santos
– Tenente Jornalista Flávia Medeiros Cocate
– Tenente Relações Públicas Marcus Vinícius Costa Lemos

Agenda de demonstrações

A agenda de demonstrações é definida pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER). Para tanto, são analisados diversos fatores, tais como: importância do evento no cenário nacional/internacional, infraestrutura do local, público estimado durante a apresentação, dentre outros requisitos.

É importante ressaltar que a Esquadrilha da Fumaça não cobra absolutamente nada dos organizadores dos eventos dos quais participa. Todos os custos envolvendo manutenção, combustível e pessoal são por conta do Comando da Aeronáutica, cabendo à organização providências para uma infraestrutura de solo, para que o trabalho aconteça com segurança para a equipe e para aqueles que prestigiam a demonstração.

Aeronave A-29 Super Tucano

• Monomotor
• Turbo-hélice
• Motor Pratt & Whitney PT6A-68C, 1.600 SHP
• Hélice Hartzell (pentapá)
• Monoplace (capacidade para um tripulante) e biplace (para dois tripulantes)
• Limite de carga G (atuação da força de gravidade): +7G a -3,5G
• Dimensões: comprimento: 11,30 m
• envergadura: 11,14 m
• altura: 3,97 m
• Peso vazio: 3.200 kg (monoplace); 3.400 kg (biplace)
• Peso máximo de decolagem: 5.400 kg
• Velocidade máxima: 590 km/h ao nível do mar
• Velocidade de cruzeiro: 520 km/h
• Autonomia: 3h20min (monoplace); 2h30min (biplace)
• Alcance: 1.455 km (monoplace); 1.090 km para (biplace)
• Teto de serviço: 35.000 ft (pés)

Perguntas mais frequentes

a) Como solicitar uma demonstração?
Enviar ofício direto ao CECOMSAER.

. Por Correios:

CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA AERONÁUTICA
A/C Senhor Brigadeiro do Ar Aviador Antonio Ramirez Lorenzo
Esplanada dos Ministérios
Bloco M – 7º andar
CEP 70.045-900 – Brasília/DF

. Por e-mail: [email protected].
Confirmar o recebimento pelo telefone: (61) 3966-9699. É necessário informar tipo do evento, público estimado e possíveis datas.

b) Como é a formação de um piloto da Esquadrilha da Fumaça? Depois de ingressar, o piloto da FAB inicia o treinamento, chamado de curso de Piloto de Demonstração Aérea – PODA, para voar em sua posição. São, aproximadamente, 80 missões de uma hora, que duram de dois a três meses. Caso ele não seja piloto do avião A-29 Super Tucano no seu ingresso no EDA, serão necessárias fazer 80 horas de voo antes de dar início ao curso de PODA. Após a estreia, todos os pilotos realizam treinamentos regulares.

c) Como é a segurança nas demonstrações? É uma preocupação constante do Esquadrão e rigidamente observada devido ao intenso treinamento.

d) Qual a manobra mais difícil? É uma questão bastante pessoal e depende de cada piloto. Mas todos concordam, de uma maneira geral, que o maior grau de dificuldade está nas manobras em que há uma mudança rápida do voo normal para o invertido.

e) Por que é difícil voar de dorso? Porque ocorre a inversão nos comandos de voo.

f) Como é a rotina dos Fumaceiros? Atividade aérea intercaladas com a atividade administrativa.

g) Como ingressar na Esquadrilha da Fumaça?
Para ingressar na Fumaça, é preciso ser oficial aviador da FAB e ter 1.500 horas de voo, sendo 800 delas como instrutor da Academia da Força Aérea (AFA) ou do Esquadrão Joker (2º/5º GAV). Por meio de Conselho Operacional do EDA, são escolhidos os candidatos mais qualificados e que apresentam perfil mais compatível à missão da Fumaça