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sexta-feira 29 março 2024
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Regionalização da Cross é reivindicação registrada em audiência

Regionalização da Cross é reivindicação registrada em audiência

João Ebram, Gorete e Maria Elisabete

A regionalização da Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde), do Governo do Estado, foi reivindicação apresentada pela presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Taubaté, vereadora Gorete (DEM), em audiência para prestação de contas do setor no primeiro quadrimestre de 2017, realizada dia 25 no plenário.

A ideia de que cada município tenha sua central de regulação de vagas foi defendida pela presidência do Conselho Municipal de Saúde e por munícipes que utilizaram a palavra durante o debate.

A vereadora falou em abaixo-assinado para reivindicar a alteração no sistema, e a presidente Comus, Maria Elisabete Prado, disse ser solidária à proposta e à defesa de parceria entre o Conselho e a Secretaria de Saúde “pelo melhor para os munícipes”.

O secretário de Saúde, João Ebram Neto, registrou os esforços do município para suprir o problema da falta de vagas, com a reforma do espaço onde funcionava o Hemonúcleo para implantação de leitos de internação àqueles que aguardam vaga da Cross. Segundo Ebram Neto, o Estado tem fornecido um número maior de internações para pacientes de Taubaté, mas tem sido insuficiente. “Temos sofrido muito com falta de vagas, é uma luta diária.”

O munícipe Carlinhos da Saúde relatou o caso de um paciente que, após ficar três dias internado no Pronto-Socorro à espera de colonoscopia, teve alta para aguardar em casa a vaga para o exame pela Cross. Segundo ele, há pessoas aguardando vaga para internação há um mês.

Já o munícipe Mário Romero, que foi presidente do Comus, lembrou que a Cross regional foi reivindicação aprovada em conferência estadual de saúde. Ele citou problema de marcação de exame pela empresa Labclim, que estaria agendando somente para agosto. Pediu esclarecimento sobre informação de que o Estado pretendia municipalizar o programa de ostomia, que teria sido negado pelo município.

Sobre a Labclim, o secretário de Saúde reconheceu a limitação do laboratório, afirmou que duas licitações foram impugnadas pelo Tribunal de Contas e nova licitação está sendo preparada. Em relação ao programa de ostomia, Ebram justificou que o município não tem espaço físico para oferecer o serviço e defendeu que o HU é o local mais indicado, e lá é onde está sendo feito.

O munícipe Edson Gonçalves, integrante do Conselho de Saúde, confirmou que a questão da Cross regional foi discutida em conferência. Defendeu a necessidade de construção de um Hospital Regional no Vale Histórico. Apontou a falta de leitos, assim como de exames e medicamentos, como três necessidades mais urgentes da saúde municipal atualmente.

O vereador Rodson Lima Bobi (PV) também participou da audiência.

Números

A maior parte dos números dos serviços da Secretaria de Saúde registrou aumento em relação ao primeiro quadrimestre de 2016, como no caso dos atendimentos em Pamos (Postos de Atendimento Médico e Odontológico), que foram de 346.363 contra 301.582; quantidade de exames, que foram 421.957 no primeiro quadrimestre de 2017 contra 395.308 no mesmo período de 2016; 6.119.937 medicamentos distribuídos contra 4.936.541 no quadrimestre do ano passado e atendimentos de urgência e emergência, em que foram registrados 164.590 nos quatro primeiros meses de 2017 contra 149.053 no período em 2016.