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sexta-feira 19 abril 2024
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Jubileu 300 anos Nossa Senhora Aparecida – Os Mercurianos

Jubileu 300 anos Nossa Senhora Aparecida – Os Mercurianos

Os Mercurianos

Salve Nossa Senhora! Aparecida das águas do rio Paraíba, espalhando graças em 300 anos de luz. Esta coluna comemora seu jubileu, propondo uma experiência religiosa no Santuário Mariano. Se você perdeu algum detalhe, acesse essa coluna no site:  www.diariodetaubateregiao.com.br e fique por dentro dos primeiros passos.

Estando no meio da praça, na região do disco de metal, teremos a Capela do Batismo à direita, as esculturas dos apóstolos formando um meio círculo à frente e à esquerda a Capela da Ressurreição. A ideia toda é muito interessante. São nas águas do batismo que renascemos em Cristo e vivenciamos o caminho com os 12 arquétipos principais na simbologia das esculturas dos doze apóstolos, até atingir a condição da ressurreição.

Em uma visão astronômica, o planeta Mercúrio é o mais próximo do sol. Em um paralelo simbólico, os 12 apóstolos foram os que mais se aproximaram das lições de Jesus e das transformações internas em sua luz. Diante de nós, eles se tornam os guardiões da Luz Maior, tão próximos do Mestre, assim como o planeta Mercúrio, próximo do Sol.

Inspirados nas imagens da Basílica de São Pedro, no Vaticano, e idealizados pelo reitor do Santuário Nacional, padre Darci Nicioli, e pelo missionário redentorista, padre Ronoaldo Pelaquim, os doze apóstolos nascem das mãos talentosas do artista plástico Alexandre Morais.

Não avance em sua vivência sem perceber este conjunto, pois os apóstolos são os arautos nesta grande praça que representa o chamado da humanidade para a boa nova, considerados “os mercurianos” nesta imagem cósmica. Comece pela Capela do Batismo, onde os vitrais vertem as águas celestes e divinas que descem do alto, inundam toda a sala na simbologia do granito, até jorrar plena na pia batismal, água da purificação, onde o Cristo, nu em pureza e verdade, concede à humanidade a renovação no caminho do amor.

Dedique um bom momento a esta introspecção. Caminhe um pouco e observe as imagens. Faça anotações. Elas serão importantes mais adiante. Abra sua mente e seu coração. Quantos livros ao todo estão nas mãos dos apóstolos? Eles podem estar narrando não só a história de todos nós, mas também a necessidade de percebermos o processo alquímico de transformação da alma enquanto caminha nos passos do Senhor.

Quantas são as cruzes? Observe as diferenças. Quantos são os animais? A qual elemento da natureza eles pertencem? Estarão ali simbolizando apenas animais? Quantos são os instrumentos de manuseio? Repare: temos serrote, instrumentos de aferição, objetos de corte entre outros.

Cada símbolo representa algo muito significativo nesta praça. Note quantos detalhes existem para serem observados antes de adentrar ao Santuário propriamente dito. Um ponto importante para registrar é que na Santa Ceia temos a presença de Judas Iscariotes. Já entre os mercurianos, é a imagem de Paulo que ocupa seu lugar. Este é um detalhe muito interessante no campo dos arquétipos e símbolos, pois a presença de Judas está registrada na estrutura dos ícones do Santuário em caráter pedagógico (uma das propostas do conjunto da obra).

No campo dos arquétipos, Paulo figura como o Herói, enquanto que João representa o Inocente, abrindo um campo de pesquisas apaixonante que certamente irá cativá-lo. Aguarde as próximas edições desta coluna, pois veremos cada uma das imagens, seus símbolos e arquétipos. Não passe apenas pela praça das arcadas dos apóstolos. Envolva-se nesta esfera das imagens e medite sobre seus significados, realizando assim um passo importante para sua experiência religiosa. Até semana que vem!

Por Cláudio Mariotto – Terapeuta

19/08/2017