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quinta-feira 9 maio 2024
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Coluna Espírita – Juventude e Arte

Coluna Espírita – Juventude e Arte

• Espírito Ivan Albuquerque – Psicografia Raul Teixeira – Niterói/RJ
Espírito reencarnado com responsabilidades ante seu próprio crescimento, vê-se o jovem envolvido nos múltiplos anseios de realização íntima, quanto se esbarra com os tormentosos vapores das perturbações do seu passado, em outras experiências terrestres.
O impulso de criar, é inato no indivíduo, acentuando-se no estágio juvenil.
Envolvida em suas fantasias lúdicas, a criança se apresenta externalizando seu mundo interior ou sua interpretação do mundo exterior, tomando-se apreciável a tarefa de estudar-lhe os impulsos artísticos, tão naturais.
Por outro lado, no jovem, a expressão da arte assume os contornos da sua fase etária, sem contestação, mas, do mesmo modo que na infância, exprime a sua visão de mundo, coada por sua maturidade.
* * *
Aplica-te, assim, Juventude, a movimentar os teus recursos internos, a fim de recriar o mundo por meio da tua expressão artística.
Ilumina a Terra com a imponente marca da tua luz idealística.
Põe tintas sobre as motivações insípidas, fazendo-as embelezadas.
Extrai da rocha viva, ou do barro inexpressivo, as formas ricas de mensagens, de conteúdos felizes, promovendo o valor do valor sobre o mundo.
Utiliza telas, paletas e pincéis, quanto cinzéis e buris, determinando o império da beleza estética que tuas mãos podem promover.
Exprime-te, Juventude, por intermédio dos acordes maviosos de musicalidade elegante e nobre; retira da pauta e das notas e das claves o melhor dos teus sentimentos e louva a vida, a Natureza, o amor, a paz e a ventura. Canta a presença de Deus em tuas impulsões criativas, engrandecendo-te a pouco e pouco.
Nos caminhos da tua mocidade, pinta, esculpe, compõe. Escreve, borda, tece, projeta e constrói, em nome da arte, através da qual podes reproduzir as nuanças mais enternecedoras da vida, quanto poderás recriar as coisas várias do teu mundo, fazendo-as diferentes, lindamente diferentes.
Um pugilo de jovens, como tu mesma, Juventude, atuou nas artes, em todos os tempos.
Rafael fez-se um gênio escultor, desde muito moço.
Da Vinci projetou-se na pintura quanto destacou-se, celebremente, em mil outros campos criativos, embora bastante jovem.
Picasso costumava, em virtude dos seus tormentos psicológicos, queimar suas telas, nos anos juvenis.
Van Gogh, não obstante aos 16 anos tenha iniciado seus contatos com a excelente Galeria de Arte Francesa, na Holanda, somente ao redor dos 20 começaria a envolver-se com a pintura, tornando-se notável artista, apesar do desfecho trágico dos seus dias pelas incontáveis e graves perturbações que o assediavam.
Fra Angélico, quando chegou a Florença, com 15 anos de idade, vindo de sua pequena Mugello, não imaginaria tornar-se tão celebrado pintor de motivos sacros a ponto de merecer sensibilizante elogio do incomparável Miguel Ângelo, sobre seus quadros que pareciam pintados pelas mãos dos Anjos.
Portinari, tendo começado na caminhada artística aos 9 anos, deixaria a velha Fazenda Santa Rosa, em Brodósqui, no interior paulista, a fim de viver sua juventude e sua madureza a serviço da pintura que o celebrizou, remetendo suas expressões para toda parte do mundo.
Einstein, a par da cabeça rutilante de conceitos e teorias científicas, desde cedo, tornou-se sensível violinista, tangendo os sentimentos dos que se deleitavam com sua interpretação.
Lloyd Wright revolucionou a Arquitetura, com sua arte, fazendo-se o mais alto profissional da área, na América do Norte, tendo-se iniciado nos tempos da Juventude.
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A criação de Deus, Juventude, é Arte e Perfeição, e, como Jesus recomendou que fôssemos perfeitos como o Pai Celestial o é, valhamo-nos da esfera da mocidade para plasmar nos sentimentos as vibrações do Criador.
Evita, então, pornografar as expressões artísticas, a fim de acordares as estesias das almas, ao invés de açulares os sentimentos viciosos, tormentosos e deseducados dos que te deem atenção.
A arte deve ser augusta e, quando se prostitui, deixa de ser arte, significando a catarse dos campos mais escuros do âmago do homem, transformando-se em excreção dos seus pântanos morais.
A arte deve ser mensagem de vida e não vereda de morte.
Desejosa, como é a Juventude, de fomentar os movimentos renovadores da sociedade, não deverá perder esse eminente ensejo de contribuir, também, com a sua arte.