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quinta-feira 30 maio 2024
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Coluna Espírita – A síndrome do medo

Coluna Espírita – A síndrome do medo

• Altamirando Carneiro – São Paulo/SP
Não faz muito tempo, ouvimos uma repórter de rádio queixar-se de que ao entrar em um banco e passar pela porta eletrônica foi obrigada a tirar todos os pertences da bolsa, inclusive um gravador, seu instrumento de trabalho, mas que a “leitura” eletrônica do sensor acusou como algo perigoso.
Conhecemos muitas pessoas que, depois da era dessas catracas, evitam entrar em lugares onde elas estão instaladas. “Não tem sentido (disse-nos uma dessas pessoas) achar à primeira vista que todo mundo é criminoso, malfeitor, assaltante ou sequestrador.” Embora a maioria as considere desnecessárias, as tais portas são um produto do medo e da insegurança que distanciam as pessoas.
Há outras formas de distanciamento: apartamentos no interior de condomínios fechados, protegidos por muros e janelas; a criação de cães assassinos; a contratação de seguranças armados até os dentes; a colocação de vidros no alto dos muros; a proteção de janelas e portas com grades de ferro; a eletrificação de cercas. Enfim, vive-se entre muralhas, tendo o próximo como inimigo.
Neste ponto, chega-se a acreditar que as pessoas boas e honestas sejam uma exceção em meio a uma população predominantemente má, o que não é verdade. Apesar de os bons existirem em grande número, os maus parecem sobressair-se, por serem mais atirados e atrevidos. Contudo, se os bons quiserem, promoverão uma verdadeira revolução.
Estamos num planeta de expiação e provas, marchando para ser um planeta de regeneração. Quando atingiremos este estágio, não sabemos. No entanto, temos a consciência de que tudo dependerá de nós. O mínimo que possamos fazer como cidadãos úteis será de grande valia para a melhoria da sociedade e do país.
É importante que a nossa sabedoria e o nosso conhecimento marchem lado a lado com a nossa capacidade de amar. Este é o equilíbrio perfeito para uma Humanidade harmoniosamente feliz.