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segunda-feira 20 maio 2024
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Literatura em gotas – Os três mosqueteiros

Esse conhecido folhetim de Alexandre Dumas consegue mesclar vários gêneros narrativos, do romance histórico ao de capa e espada, passando pelo romance policial e pelo de mistério. Mas o que predomina nele é a pura aventura, além das contínuas tramas e intrigas que não tem outra finalidade a não ser prender o leitor.

D’Artagnan é um jovem que vive na França do século XVII. Seu pai o envia a Paris para que faça parte do prestigioso corpo de mosqueteiro do rei, formado por espadachins. Chega a Paris e toma contato com três deles, Athos, Porthos e Aramis. Em certo momento ocorre um enfrentamento entre eles e os guardas do cardeal, um personagem com muito poder.

As aventuras de D’Artagnan são narradas em três célebres romances de Alexandre Dumas: Os três mosqueteiros (1844), Vinte anos depois (1845) e O Visconde de Bragelone (1848). O modelo do personagem é um mosqueteiro do Cardeal Mazarino, cujas Memórias (apócrifas) nutriram a imaginação do romancista.
Amores e aventuras sucedem-se em ritmo veloz, seguindo o fio da intriga que opõe a coragem e a honra dos soldados às manobras do Cardeal Richelieu e sua venenosa espiã, Milady de Winter.

D’Artagnan alcançou a celebridade devido aos feitos narrados na trilogia. Ajudado pelo historiador Maquet, Dumas soube aproveitar-se da voga do romance histórico, inaugurada pelo escocês Walter Scott (1771-1832), para impor um novo gênero: o romance de capa e espada. D’Artgnan tornou-se o arquétipo do herói de capa e espada.
O leitor jovem identifica-se com esse personagem de romance de formação. Sua virtude desabrocha em uma atmosfera de graça e liberdade, que torna ainda mais desejável a passagem para a idade adulta.

As numerosas traduções e adaptações cinematográficas fizeram de D’Artagnan e dos mosqueteiros figuras mundialmente conhecidas.

Prof. José Pereira da Silva