O navio negreiro é um símbolo de desertificação moral.
Encalhado na costa da Namíbia, embarcação serviu de “navio negreiro” em pleno início do século XX “para transportar prisioneiros negros que eram levados para campos de concentração ou trabalhos forçados ou vendidos como escravos”, segundo publicação da FEN, Fundação Ecológica Nacional.
O texto da FEN aborda um dos livros mais incisivos acerca das principais questões que a Humanidade enfrenta no século XXI.
Guerras Climáticas – foi escrito por Harald Welzer, professor da Universidade de Essen e publicado em 2008.
Porém, é possível retroceder a perseguição às etnias e às religiões séculos antes do século XX.
A Espanha deliberou um dos extermínios mais cruéis durante o Período Mercantilista, a partir do século XV. Os reis espanhóis, na corrida aos tesouros Aztecas, Maias e Incas, executou selvagemente populações nativas da América Latina.
Ao mesmo tempo, a Inquisição perseguia os judeus na Península Ibérica.
O Período Mercantilista ofereceu mais atrocidades: fomentou o tráfico de escravos da África para a América, o que foi encerrado muito tardiamente, por volta do início do século XX.
Historicamente, o povo judeu tem sido o mais perseguido, por mais de três mil anos. A perseguição culminou com o Pogrom na Rússia no final do século XIX.
Ao mesmo tempo, espalhados pela diáspora, principalmente na Europa, a volta dos judeus à Terra Santa começou a tomar forma no sentido de estabelecer um Estado.
Qual era o panorama político internacional? O Império Otomano não ocupava mais territórios na Europa, além de Istambul, mas ocupava todo o Oriente Próximo: Síria, Líbano, Terra Santa ou Palestina e Jordânia.
No final da Primeira Guerra Mundial, o Império Otomano desintegra o Oriente Próximo e a Terra Santa passa a ser administrada pela Inglaterra, período que foi denominado como Mandato Inglês. Há muitas controvérsias sobre a política implementada pela Inglaterra, mas houve uma publicação denominada Declaração Balfour-Rothschild exprimindo a vontade de formar um lar para os judeus na Terra Santa, a partir de iniciativa dos ingleses.
Na Palestina, pouco mais de cem mil judeus conviviam com os palestinos. Na Europa, os judeus foram perseguidos covardemente pelo Nazismo.
A retomada da Língua Hebraica foi um dos fatores fundamentais para a unidade judaica, o que foi sendo implementado desde o final do século XIX.
A existência do Estado de Israel é considerada um milagre e um exemplo de força de vontade. Impensável que a segurança dos palestinos esteja em perigo somente como consequência da existência do diminuto território hebreu. Não seria de se pensar na construção de um Estado Palestino na Península do Sinai?
“Há dois mil anos te mandei meu grito” é o apelo em tom de súplica de Castro Alves, estudante da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, proposto no poema Vozes d’África, publicado em 1883.
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José Alencar Galvão de França
Formado em Direito pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco
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