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sábado 27 abril 2024
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Entidades de comércio e serviços defendem manutenção de compras parceladas sem juros

Entidades de comércio e serviços defendem manutenção de compras parceladas sem juros

Associações dizem que modalidade de pagamento é indispensável para a população e que fim dela causaria perda bilionária ao varejo

Um grupo de nove entidades ligadas a comércio, serviços e apoio ao empreendedorismo divulgou um manifesto nesta quarta-feira, 23, em que defende o parcelamento sem juros de compras feitas no cartão de crédito. O posicionamento das associações foi publicado após o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ter admitido a possibilidade de limitar essa forma de pagamento.

O manifesto foi assinado por: Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag), Associação Brasileira de Internet (Abranet), Associação Brasileira de Academias (Acad Brasil), Associação de Lojistas do Brás (Alobrás), Conecta, Parcele na Hora, Proteste, Euroconsumers Brasil, Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco).

No documento, as entidades dizem que o parcelamento sem juros é fundamental para a economia e ressaltam que, no ano passado, a modalidade representou metade das compras com cartão de crédito no país e movimentou mais de R$ 1 trilhão, o equivalente a cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

“O ‘Manifesto pelo direito de continuar fazendo compras parceladas sem juros’ mostra quanto a modalidade é indispensável para a população, comércio e serviços. Do ponto de vista dos consumidores, o PSJ [parcelamento sem juros] é a oportunidade de adquirir um produto ou serviço em condições que se encaixem melhor em seu orçamento. Para o comércio, o parcelamento é uma linha de crédito para capital de giro mais barata e a chance de fidelizar clientes”, diz o documento.

“Estudos indicam que a extinção do PSJ poderia causar uma perda de R$ 190 bilhões para o varejo, gerando um efeito dominó sobre os outros setores da economia. Portanto, é inadmissível que o parcelamento sem juros seja extinto, taxado ou alterado. Do nosso ponto de vista, a livre concorrência deve prevalecer”, afirma a presidente da Abranet, Carol Conway.