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terça-feira 21 maio 2024
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Em protesto à proposta da Embraer trabalhadores entram em estado de greve

Em protesto à proposta da Embraer trabalhadores entram em estado de greve

Os trabalhadores da Embraer entraram em estado de greve, ontem, quarta-feira, dia 18, e reivindicam 6,37% de reajuste. A mobilização acontece um dia depois da negociação entre Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que representa o grupo patronal do setor aeronáutico na Campanha Salarial.

As assembleias aconteceram na matriz da Embraer, em São José dos Campos, com os trabalhadores da produção e do setor administrativo. Ao longo da semana, o Sindicato vai organizar assembleias em outras fábricas do setor aeronáutico.

O reajuste reivindicado pelos trabalhadores corresponde à inflação do período (setembro de 2018 a agosto de 2019) mais 3% de aumento real, além de renovação da Convenção Coletiva na íntegra. Já a Fiesp propôs zero de aumento real, aplicando apenas a inflação (3,28%), e redução de direitos.

Há quatro anos, a Embraer não aplica aumento real aos salários.

Com o aviso de greve aprovado ontem, pelos trabalhadores, a paralisação pode ser deflagrada a partir de segunda-feira, caso não haja avanço nas negociações.

Além da Embraer, a Fiesp também representa as fábricas Latecoere, em Jacareí, e Sonaca, Pesola, Alestis e Aernnova, em São José dos Campos.

Direitos reduzidos
Dois pontos previstos na Convenção Coletiva estão na mira dos empresários do setor aeronáutico: a estabilidade no emprego para lesionados e a proibição da terceirização irrestrita nas fábricas.

O Sindicato estima que existam cerca de mil trabalhadores lesionados nas unidades da Embraer em São José dos Campos. Os casos mais comuns são lesões no ombro e coluna e depressão.

“Acabar com essas cláusulas é o sonho da Embraer e das outras empresas do setor, mas não vamos abrir mão desses direitos. A terceirização já é uma prática adotada pela Boeing em suas plantas, mas não permitiremos que seja aplicada nas metalúrgicas da nossa região”, afirma o diretor do Sindicato André Luiz Gonçalves, o Alemão.