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quarta-feira 8 maio 2024
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“Crônicas e Contos do Escritor” – Tempo doido

Ah, esse tempo doido no meu Brasil, e porque não dizer…no mundo inteiro.
Considerando o Brasil, cada fenômeno que tem acontecido e que não estávamos acostumados como ondas de calor, Tsunami meteorológico (não confundir com tsunami geológico) e ventos de 100 km/h, só para citar alguns.

E tem aqueles fenômenos, um pouco mais comuns, mas que parecem aumentar de intensidade e de frequência ano a ano, como calor excessivo, ressacas violentas nos mares, avanços dos oceanos, tempestades imensas resultando em enchentes e deslizamentos que provocam prejuízos econômicos, sofrimentos e, muitas vezes, até mortes.
E os nomes e definições aumentam, é um tal de ciclone tropical, um tal de “El Nino” (as terríveis chuvas na região sul do País que o digam). E tem a tal da “La Nina” (adormecida por enquanto), e tantas outros nomes e definições, santo Deus.

Uma frase que até poderia ter sido dita por um personagem de animação:
“Raios e trovões! O que é que está acontecendo com o clima? Porque a natureza está tão revoltada?”.
Não é revolta não, é apenas a lei da ação e reação em andamento. Já ouviu falar dela?
O ser humano fez o que quis com o planeta, a ganância por lucros desprezou a necessidade de cuidar da nossa casa maior, o nosso mundo e, agora, a conta está chegando e vai ser grande, provavelmente com juros e correção.
E, olha, espero estar muito errado, mas creio que a tendência é piorar. Ainda não aprendemos a cuidar de nosso planeta. Sequer aprendemos a jogar lixo no lixo, sequer aprendemos a cuidar e economizar nossa água, a cuidar de nossas árvores, de nossas matas, nossos rios e mares, nossos animais e sequer aprendemos a nos respeitar, como vamos ter a pretensão de imaginar que temos condições de respeitar o planeta?

Atualmente, os constantes alertas das defesas civis, com certeza, estão evitando tragédias até maiores já que, de uma certa forma, a gente acaba se cuidando um pouco mais. Mas, algumas coisas escapam à nossa capacidade de evitar problemas como os ventos fortes que tem ocorrido e que levantam telhados deixando casas completamente desprotegidas, principalmente aquelas sem a proteção das lajes. Placas, dos mais diversos tamanhos, voando pelas ruas, árvores caindo e arrebentando fios elétricos e deixando quarteirões e até bairros sem energia elétrica por horas, e, muitas vezes, amassando carros e até colocando vidas em risco. Sem falar nas quedas de postes elétricos, postos de combustíveis tendo suas coberturas arrancadas, enfim, algumas coisas inevitáveis provocadas pela reação da natureza.

Vamos desmatar, vamos liberar CO2 à vontade, impermeabilizar o solo, desperdiçar água (esse bem tão precioso) e desperdiçar energia.
Sim, vamos fazer isso, só temos que aguentar a reação da natureza depois. Estamos preparados para isso? Temos condições de suportar essa reação? Sei não, sei não.

E, olha, para mim, que não sou fã do calor, esses dias atrás foram bem desagradáveis. A cada dia que passa tenho mais e mais convicção que uma das grandes invenções do ser humano foi o abençoado ar condicionado.
O calor está tanto que tem gente jogando dipirona no ar para ver se a temperatura abaixa. Eu particularmente acho que o sol abraçou a terra para tirar selfie.

Acho até que a Cássia Eller estava com razão quando falou sobre a chegada do segundo sol, acho que ele chegou mesmo. Agora, quero ver o que é que os cientistas vão falar.
Vamos plantar árvores gente.

Até ouvi alguém dizer que se cada chato fosse obrigado a plantar uma árvore, não estaríamos sofrendo com o calor desse jeito.
Enfim, assim seguimos sofrendo com o calor excessivo, sofrendo com as chuvas exageradas e com os ventos destruidores.

Bom, vou ali degustar um picolé de limão e outro de coco e semana que vem estarei de volta.