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quarta-feira 8 maio 2024
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“Crônicas e Contos do Escritor” – A velha magia do Natal

E a magia do natal já chegou.
Propagandas nas TVs, nas redes sociais, nas lojas, por todo lado, enfeites natalinos nas casas, nas ruas, nas praças, nas cidades como um todo, acabam gerando um enorme sentimento natalino e com o abençoado décimo terceiro no bolso (ou na conta), vem, para alegria do comércio em geral, a tradicional vontade de gastar. Muitas vezes até o que não se tem, mas tudo bem, depois a gente vê o que acontece.

É um tal de festa de confraternização para lá, para cá. Festa da família, da empresa, da escola, da academia, do clube, do futebol, do condomínio, da rua e enfim…, o importante é se confraternizar. Aquelas brigas, rusgas, discussões, chateações, desentendimentos, falsidades, ah, deixa pra lá, ou melhor, deixa para o ano que vem. Lá começa tudo de novo, o importante agora é confraternizar e, é claro, se divertir, se reunir para um bom bate papo, falar dos mais variados assuntos, dar boas risadas, beber, comer e gastar bastante. E, é claro, os donos de bares e restaurantes agradecem.
Viva as confraternizações. Viva o natal.

E o natal faz a alegria não só de bares e restaurantes, é claro que em todo o comércio o movimento é enorme. É presente para o filho (a), para a mãe, para o pai, para a namorada (o), para a esposa, marido, sobrinhos, para a criançada em geral, ou seja, um monte de presentes para comprar. E sem falar dos tradicionais amigos secretos que tem, praticamente, em todas as casas e, aliás, não só nas residências, lá vem o amigo secreto no serviço, nas escolas, no bar, entre amigos e por aí vai. Haja presente para dar e, pior, comprar. Os donos do comércio em geral, agradecem.
Viva o natal, viva as confraternizações e viva os amigos secretos.

O natal, sem dúvida alguma, é a melhor data para o comerciante, movimenta, e muito, inclusive estacionamentos. Encontrar lugar na rua para estacionar é quase impossível, o jeito é procurar os estacionamentos e apesar de Taubaté ter um sem número deles, ás vezes fica difícil encontrar um que tenha vagas livres.

A cidade enche, é uma muvuca só. Gritarias, falação, buzinas, risadas, bêbados falando mole e fazendo questão de mostrar o quanto estão bêbados e, alguns, chegam até a serem inconvenientes. O ouvido até dói e depois de voltar para casa fica, pelo menos, uma hora zumbindo. E viva o natal.

Todos imbuídos do espírito natalino (e, principalmente, do espírito consumista). Sorrisos estampados, trabalhadores preocupados com o que se está gastando, adolescentes empolgados, libido à solta, sorrisos, paqueras, piscadas, convites e por aí afora.

Famílias inteiras andam pelo centro da cidade, crianças choram, riem e correm (e trombam com a gente), gritam e se perdem. Querem comer, querem beber, querem brinquedos, presentes e a gritaria é enorme. Casais de namorados (ou, supostamente, de eternos namorados) tentam abrir espaços para continuarem caminhando abraçadinhos, mas com as calçadas de Taubaté, enormes como são, fica difícil não ter que descer nas ruas, mais que lotadas de veículos e, com sorte, não ser atropelado. E viva o natal! Ah, não podemos nos esquecer que é a melhor época para os ladrões, mas não se preocupe não…, só querem roubar o celular para uma cervejinha, afinal, vagabundos, também, tem seus direitos, claro. Não trabalham, não tem deveres, mas tem, direitos. Muitas vezes mais até do que nós os trabalhadores. E viva o natal.

Sim, viva o natal. Claro que a tristeza às vezes bate, é normal. A falta de uma pessoa amada que já foi para o outro lado, a falta de um amor do lado, enfim…, haja tristeza sim.
Mas, não deixa de ser uma época, para mim e para muitos, muito alegre e querida.

Só uma coisa realmente a se lamentar no meio da alegria e empolgação, a grande maioria das pessoas se esquecem do verdadeiro sentido do natal. A grande maioria se esquece que estamos comemorando mais um aniversário daquele que veio para nos salvar e que continua nos abençoando. Eu não esqueço.

Viva o natal e viva Jesus!