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quarta-feira 8 maio 2024
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Comilanças Históricas e Atuais – Contatos imediatos do terceiro grau – Luzes cruzando o céu

Comilanças Históricas e Atuais – Contatos imediatos do terceiro grau – Luzes cruzando o céu

I – Gregos e extraterrestres

Os homens sempre viveram com os pés na terra olhando para a imensidão do céu. Os seus pensamentos partiam do nascimento da rosa e de outras flores e penetravam nos segredos da origem da vida. Nascemos! Vivemos! Para onde vamos? Haveria a possibilidade da existência de outros mundos e de uma vida extraterrestre?

O Grego Aristóteles pensava muito na origem da vida na terra e a função da natureza: o que é a vida? Como a definimos? Ela existe fora da Terra. Demócrito, outro filósofo cantava a existência de infinitos mundos; nós não podemos ser uma exclusividade. Epicuro acreditava na existência de outros mundos acima da nossa cabeça, pensamentos, imaginação. Santo Agostinho acreditava na existência de outros homens teológicos rondando o sol. Platão via homens e mulheres no meio das estrelas, andando, amando, sonhando. A maioria dos gregos acreditava em extraterrestres e viam a Lua como uma deusa. Anágoras dizia que a lua era uma rocha habitada.

II – A invenção do cinematógrafo

Auguste e Luis Lumiere sonhavam em ver a natureza, a vida, os homens gravados em uma imagem, reproduzidos como em espelhos. Eles inventaram o cinematógrafo em 28 de dezembro de 1895, na cidade de La Ciotat, na França. Esse aparelho reproduzia imagens e davam-lhe movimento.

Escolheram para apresentar o aparelho numa sala chamada Eden. O cinematógrafo era uma máquina de filmar e projetar em cinema. Numa visita a Nova York, em 1896, apresentaram as imagens em movimento, a chegada de um Trem à Estação de La Ciotat.

Houve pessoas no público que gritaram.

Outras abaixaram a cabeça

Leonor Florence agarrou Diogê

E o beijou… os lábios estavam trêmulos.

Quem estava encostado a uma das paredes do cinema, chamava-se George Mielés. Ele retornou ao seu quarto, as suas ideias batiam nos lustres do teto, nos móveis de cor escura, na panela do fogão. Em 1902, usando o cinematógrafo, escreveu um roteiro para o texto “Viagem a Lua” de Júlio Verne, não abandonam a ideia de filmá-lo. Sem muita alternativa, criou uma série de efeitos especiais.

Mielés imaginou um canhão gigante; pensou numa cápsula. Colocou vários cientistas dentro da cápsula. O canhão dispara, a cápsula sob e vai distanciando-se da terra, passam por estrelas magníficas, astros sorridentes, pousam no olho da Lua, que fica muito chateada. Os cientistas descem, entram nas crateras, nas florestas de cogumelos gigantes, sobem em montanhas, vales e são atacados pelos homens da lua, que se explodem ao tocar no guarda-chuva dos terráqueos. Os cientistas são presos, porém, conseguem fugir. Um cientista amarra uma corda na ponta da cápsula e puxam-na para fora da lua. O foguete sai da Lua, atravessa todos os mistérios do universo, caindo no mar. Todos são resgatados por um navio a vapor. A cidade comemora os vencedores da enorme aventura; há desfile, bandas, medalhas de honra ao mérito.

III – Steven Spielbergue

Alguns filmes marcam a sua formação em profundidade: “Barney e seus amigos”; “Alice no País das Maravilhas”. Esses filmes o colocaram no curso de cinema na Universidade da Califórnia. Aos 16 anos, no cantinho do corredor A, deu um beijo em uma colega de classe, ato de coragem, paixão e desejo.

Aos 13 anos de idade, tempo da ausência de domínio, venceu um concurso de curta-metragem com o filme “Fuga do Inferno”. Aos 16 anos, cheio de espinhas no rosto, fez um filme em super-8, “Firelight”- exibido num teatro escolar. Em 1968, estreou profissionalmente com o curta metragem “Amblin” – a história de um casal de jovens no Deserto de Mojave. Esse filme recebeu dois prêmios e tornou o seu nome como participante de um contexto. Em 1971, fez o seu primeiro longa-metragem, o filme, “Encurralados”, produzido para a televisão. O sucesso na vida de alguém, que se encurrala, por algum motivo, foi parar nos cinemas.

O seu primeiro trabalho de folego foi o filme “Louca Escapada”, de 1974, elogiadíssimo pela crítica e penetrante no olhar do público.

O ano de 1975, a coisa meio pitagórica, dirigiu “Tubarão”. As bilheterias caíram aos pés de Spielbergue, sem imaginar, os grandes studios tomaram o filme como modelo, o cinema deu uma guinada, procurando temas semelhantes.

Logo após o sucesso de “Tubarão”, em 1977, penetrou na poesia cinematográfica ao fazer o longa “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”, produção que o levou a sua primeira indicação para o Oscar, concorrendo como melhor diretor.

IV – Contatos Imediatos

O ponto de partida do filme poderia estar na cabeça de Freud, o questionamento se a comunicação com um ser extraterrestre abalaria a formação psíquica e social do ser humano. Esse contato tiraria uma venda do olhar dos habitantes da Terra, a transformação da visão de espaço, a revolução gerada em relação ao outro distante, ao outro que poderia ser diferente, cultura banhado no mistério, religião direcionada para a amplitude, a ideia entre o bem, que não sabemos o que é, e o mal a quem não fomos ainda apresentados.

O céu conquistaria o coração das estrelas; a pureza dos astros e, juntos, liberariam a vinda de seres de outros planetas à Terra; a preocupação básica estaria no contato, objetos voadores de todas as cores sobrevoariam o enigma dos humanos. O governo, com certeza ficariam assustados, pois poderiam distribuir evolução e os candidatos à alguma coisa, pediriam votos.

V – O trabalho manifesto

Cidade pequena. O personagem Roy Neary e Jullian Guiller sentem que alguma coisa está errada. Para sentir algo que venha do céu, a pele do corpo deve estar ligada aos sentimentos que partem da ponta dos dedos do universo. Julliam sente a ausência do filho, desaparecido após uma abdução. Antes de continuar, queríamos comentar que a palavra abdução vem do latim com o significado de separação, afastamento; pode ser uma ação praticado por um OVNI. O caso de Roy, que também é comum nesses casos, desperta-lhe a obsessão por uma montanha misteriosa, que o leva a confrontar a própria família.

Ele tem surtos

Que vem de dentro.

Para olhos exteriores

Roy perdera a razão.

A montanha que Roy vê em sonhos é uma pedra de sintonia espiritual com topo plano, ela é real e tem 275 metros de altura, na cidade de Wyoming, nos Estados Unidos.

Tudo começou quando dois aviões quase colidiram no ar. O desaparecimento do garoto de 3 anos Barry Guiler. Ele estava em seu quarto quando seus brinquedos eletrônicos começaram a funcionar sozinhos. Ele sai da cama, corre para fora da casa e desaparece.

Durante um blecaute, o eletricista Roy Neary sofre um contato com OVNIS, numa rua escura e vazia.

Vê luzes coloridas,

Em alta velocidade.

Elas se cruzam no ar

Organizando um jardim aéreo.

Ele fica fascinado, tenta fazer a montanha que passa a ver em sonhos. Descontrolado, ele sai de sua casa juntamente com Jullian Guiller. Ela procura o filho desaparecido; ele quer contato com o mundo da luz, da beleza, da poesia, da linguagem vinda do ponto mais sensível do universo.

VI – A busca

Roy e Jullian representam o povo que sabe existir e sentir. Os cientistas, por outro lado querem constatar a evolução, progresso, avanços matemáticos indecifráveis. Por isso preferem a solidão, ou seja, a posse total sobre o fenômeno.

Os dois humanos partem em busca do desconhecido. Luzes, a montanha, objetos coloridos que rompem a velocidade e o espaço. Eles escalam a pedra dos sonhos em meio a luzes que se cruzam, cores que dançam no céu, feixes luminosos tingindo a Terra. Do alto, eles observam o laboratório organizado pelos cientistas que estudam todas as possibilidades de um contato. Os homens conhecedores da ciência tentam entrar num processo de comunicação através da música visualizada pelas cores; a poesia pop adianta-se à ciência, este é a visão de Spielberguer. A música vem embrulhada no suspense, na emoção, no medo de uma voz que vem do longínquo incógnito.

A aterrissagem e a abertura da espaçonave apresentam o clímax que consegue escrever a essência da poesia que se movimenta. O interior da nave em movimentos lentos é mostrado ao público. Os seres extraterrestes se apresentam, gesticulando e comunicando-se ao sabor da música e das cores vivas e universais.

Os humanos que estavam na nave desembarcam, apresentando, em cada rosto, ao som de cada voz, os mistérios que estão além do entendimento e do conhecimento humanos.

Roy abandona o seu mundo, a sua mulher e filhos e embarca no disco voador, as cores mudam de lugar, dançam entre a direita e a esquerda. A recepção é organizada pelas crianças extraterrestes que o tocam, abraçam, deitam-no sobre suas cabeças sendo levado como um ser venerado, romântico, bom, penetrando em linha reta, sempre seguindo o movimento das cores, a dança, a música.

As portas da nave vão se fechando, os personagens são cobertos pela mágica do seu mundo. O fim funciona como suporte de todos os princípios.

Spienberguer, mostra-nos
A capacidade de uma câmera,
Que engole imagens.
Pinta-as de todas as cores.
Modela-as de estranhos formatos.
Coloca-as dentro do coração musical.
Impulsiona-as para o universo.
Misturam-na com homens, pensamento,
E seres vindos dos aléns.
E os nossos olhos, por alguns momentos,
Mostram-nos pelo nosso avesso.
É em síntese o contato do homem com ele mesmo.

RECEITA
JOELHO DE PORCO COM BATATAS E SALADA DE REPOLHO

INGREDIENTES: 1 joelho de porco de aproximadamente 700g; 1 batata inglesa média; 1 colher de azeite; 2 dentes de alho picados; 2 colheres de óleo de soja; 200g de repolho picado; 2 litros de água; Ervas a gosto; 1 colher de mostarda e sal com alho e pimenta a gosto.

Modo de fazer: Juntar o óleo, o alho picado e o tempero em uma panela. Acrescentar o joelho e ficar virando até dourar. Juntar a água e cozinhar, mais ou menos, 1 hora em fogo brando. Retirar o joelho e cozinhar a batata nesse caldo. Assar o joelho e a batata previamente cozida ao forno pré-aquecido em temperatura de 180º até dourar. Para fazer a salada, tempere o repolho com azeite e as ervas e decore.

Por Adriana Padoan