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quinta-feira 9 maio 2024
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Coluna Espírita – Obsessão e desobsessão

Coluna Espírita – Obsessão e desobsessão

• Astolfo O. de Oliveira Filho – Revista O Consolador – Londrina/PR
Qual é a principal causa da obsessão?
A influência dos Espíritos nos acontecimentos da vida pode ser boa ou má; isso depende apenas da natureza do agente. Os Espíritos superiores só fazem o bem; disso é fácil deduzir que sua influência é sempre benéfica à criatura humana.
Os Espíritos levianos e zombeteiros se comprazem em causar aborrecimentos, o que deve ser levado à conta de provas para a nossa paciência.
Os Espíritos impuros, como são incapazes de perdoar o mal que lhes tenham feito, continuam após a desencarnação a exercer a vingança que hajam iniciado ou concebido ainda durante a encarnação. Está aí – na vingança – a causa da maioria das obsessões, especialmente das mais graves, tão conhecidas no meio espírita.
Aprendemos no Espiritismo que, embora a nossa disposição interior constitua fator relevante para a neutralização da influência negativa exercida por nossos adversários encarnados ou desencarnados, a intercessão dos Benfeitores Espirituais é indiscutível, real e valiosíssima no trabalho de anulação das forças perturbadoras que rondam e ameaçam quantos se proponham a crescer espiritualmente.
No tratamento da obsessão basta assistir às palestras, recebendo passes ao final da reunião, ou existem outros recursos aplicáveis ao caso?
Ambas as providências são úteis, mas seria interessante também que o leitor lesse com atenção as recomendações feitas por Allan Kardec no cap. 28, item 81 e seguintes, d´O Evangelho segundo o Espiritismo. Nesse capítulo, o Codificador do Espiritismo fala sobre a importância dos passes e da doutrinação do Espírito causador da obsessão e lembra, ainda, que a vontade do paciente em se reequilibrar é fator primordial no tratamento.
Anteriormente, em artigo publicado na Revista Espírita de 1862, Kardec referiu-se ao assunto, ensinando que no tratamento das obsessões é preciso esforçar-se por adquirir a maior soma possível de superioridade pela vontade, pela energia e pelas qualidades morais.
Em um processo obsessivo é essencial que a pessoa consiga dominar-se a si mesma e, para isso, o meio mais eficaz é a vontade, secundada pela prece. É-lhe necessário, ainda, pedir ao anjo da guarda e aos bons Espíritos que a assistam na luta, mas não é suficiente pedir que expulsem o mau Espírito. Lembrando a máxima: Ajuda-te, e o céu te ajudará, deve pedir-lhes, sobretudo, a força que lhe falta para vencer as más inclinações, porque são estas que atraem os maus Espíritos, como a carniça atrai as aves de rapina.
Kardec recomenda, ainda, que se ore pelo Espírito obsessor, aduzindo que é possível, com paciência e perseverança, na maioria dos casos, conduzi-lo a melhores sentimentos, transformando-o de obsessor em uma pessoa reconhecida.
Sugerimos, por fim, ao leitor que leia sobre o assunto o que dissemos a outro leitor na edição 155 desta revista, o que pode ser visto clicando-se em
http://www.oconsolador.com.br/ano4/155/oespiritismoresponde.html