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sábado 11 maio 2024
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Coluna Espírita – Homossexualidade entre animais

Coluna Espírita – Homossexualidade entre animais

• Astolfo O. de Oliveira Filho – Revista Virtual O Consolador – Londrina/PR
Como pode haver homossexualidade entre os animais, se estes se guiam pelo instinto e o instinto não erra?
Antes de responder ao leitor quisemos ouvir a opinião de um estudioso do assunto, nosso confrade Leonardo Marmo Moreira, autor de um importante texto publicado nesta revista com o título “O sexo e a homossexualidade à luz da Doutrina Espírita”, que os interessados podem ler clicando em http://www.oconsolador.com.br/ano3/144/especial.html
Eis o que, tratando do assunto, o confrade escreveu:
“Antes de quaisquer considerações, faz-se necessário admitir dois pré-requisitos conceituais para construirmos a nossa resposta. O primeiro deles é que o Espírito, princípio inteligente do Universo, em princípio não tem sexo, ou seja, a realidade espiritual de homens/machos e mulheres/fêmeas na essência é a mesma. O pensamento e o comportamento tipicamente associados a determinado gênero advêm de experiências reencarnatórias, nas quais pode haver pequena ou mais significativa variação das morfologias sexuais de cada corpo. Assim, alguém que apresente um pensamento e uma atitude tipicamente masculinos deve esse perfil psíquico a uma sequência de experiências em corpos masculinos que foram gerando condicionamento masculino (“educação é a arte de adquirir hábitos”). Alguém que não apresente um quadro, em termos de personalidade, muito polarizado do ponto de vista do comportamento sexual pode ter vivenciado uma maior alternância sexual em seus corpos durante uma sucessão de reencarnações, além, obviamente, de uma série de fatores psicossociais que afetam a sexualidade da criatura. O segundo pré-requisito que devemos considerar é que a evolução anímica é algo extremamente complexo.
Segundo André Luiz, em Evolução em Dois Mundos, o chamado “Elo Perdido” entre as diferentes espécies somente será decifrado pelos naturalistas quando estes considerarem o perispírito e a vida no mundo espiritual. Além disso, o número de reencarnações em variadas espécies animais que o princípio inteligente necessita experienciar para atingir a condição de Espírito humano é incontável (elevadíssimo mesmo!).
Assim sendo, o fato de determinadas espécies animais apresentarem manifestações homossexuais não deve ser tido como algo chocante, pois em uma sequência reencarnatória, sobretudo na fase pré-hominal, também poderia ocorrer uma alternância sexual por parte de cada individualidade espiritual. Em adição, vale registrar que do ponto de vista do comportamento animal, há uma série de fatores que podem afetar o comportamento sexual dos espécimes de cada grupo.
Liderança do grupo, assim como mecanismos de relação associados ou não ao poder dentro do grupo, variam de espécie para espécie, implicando que vários fatores podem influenciar o comportamento sexual dos animais. Portanto, como o Espírito não tem sexo e o sexo é, antes de tudo, uma atitude mental adquirida por condicionamentos em função dos hábitos, determinados grupos podem ter tais hábitos como naturais, sem nenhuma violação em um sentido mais profundo do instinto próprio de cada espécie. Precisamos considerar ainda que, quanto mais evoluído for o animal, maior independência ele começa a ter em relação ao instinto, o que é natural no caminho que leva à conquista plena do livre-arbítrio e à condição hominal. Animais mais evoluídos, portanto, poderiam apresentar comportamentos mais claramente discrepantes de uma previsão inicial dos naturalistas no que se refere ao instinto, justamente por já apresentarem níveis significativos de inteligência.”
Sugerimos, ainda, ao leitor, a leitura dos textos abaixo relacionados, todos publicados nesta revista, em que o tema homossexualidade é examinado à luz dos ensinos espíritas:
edição 8 – http://www.oconsolador.com.br/8/editorial.html
edição 104 – http://www.oconsolador.com.br/ano3/104/editorial.html
edição 168 – http://www.oconsolador.com.br/ano4/168/oespiritismoresponde.html
edição 15 – http://www.oconsolador.com.br/15/especial.html
edição 85 – http://www.oconsolador.com.br/ano2/85/especial.html