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segunda-feira 6 maio 2024
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Coluna Espírita – Em defesa da vida: diante da dor

Coluna Espírita  – Em defesa da vida: diante da dor

• Marcus De Mario – Instituto Brasileiro de Educação Moral-IBEM/RJ
Quando a dor chega, temos muitas vezes a impressão de que não há mais condição de prosseguir a existência. O chão parece se abrir sob nossos pés. As forças como se extinguem. Um véu escuro e espesso cobre nossa visão e não vemos mais a luz no fim do túnel. As ideias ficam tumultuadas no pensamento e vagamos o olhar perdido procurando uma saída. É no momento da dor que precisamos manter a calma e não nos precipitarmos na tomada de decisão, pois a dor de hoje pode ser bem pouca coisa amanhã. Mas, pensamos, por que a dor insiste em me visitar, em me afligir, em me fazer sofrer? Qual seu objetivo? Qual sua explicação? Somente encontraremos respostas satisfatórias, que explicam e consolam, com a visão que o Espiritismo nos dá sobre a vida.
Quando sabemos de onde viemos, como espíritos imortais criados por Deus para o sublime desenvolvimento paulatino da inteligência e da moral até o cume da perfeição; quando sabemos por que estamos aqui, com o conhecimento das finalidades da reencarnação nesse processo evolutivo; quando sabemos para onde vamos, almas imortais que vencemos a morte retornando para o mundo espiritual; quando sabemos quem somos, na majestade do espírito imortal, e não do corpo perecível, tudo se esclarece. Mas falta ainda entender os mecanismos da justiça divina.
Sim, a dor faz parte da justiça divina como instrumento pedagógico para fazer com que conheçamos o amor e nos libertemos dos vícios morais que resultam em sofrimento. Somos responsáveis por nós mesmos e pelo que fazemos nas relações como os outros, portanto, a dor não é castigo, é consequência, permitida por Deus para que vençamos o orgulho, o egoísmo e a indiferença que ainda nos caracterizam.
Bendita é a dor que nos transforma para melhor. Diante dela, instrumento divino, se tivermos resignação, ganharemos em coragem, em fé, em paciência, em perseverança.
Deus não quer o nosso sofrimento, mas permite que a dor nos visite sempre que saímos do caminho do amor. Quando nos amarmos vamos estabelecer relações de fraternidade e solidariedade, então a dor não mais nos visitará, pois estaremos espiritualizados e moralizados, elevando a humanidade de patamar e gerando a paz e a felicidade. Então, se a dor ainda nos visitar, vamos recebê-la com gratidão e sigamos em frente, para que amanhã possa ser o amor a nos visitar.