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terça-feira 30 abril 2024
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In Tempore – Repensando o uso de descartáveis

In Tempore – Repensando o uso de descartáveis

Muitas embalagens são conhecidas como descartáveis, sendo elaboradas para serem utilizadas apenas uma vez antes do descarte. Os descartáveis, porém, são um problema, especialmente os feitos de plástico, pois há várias limitações no processo da sua reciclagem, e na prática nem todo plástico pode ser reciclado. Existem diferentes tipos de plásticos, com características distintas, e nem todos são recicláveis da mesma maneira ou reciclados em todas as cidades.

A reciclabilidade do plástico depende de fatores como composição química, infraestrutura de coleta e demanda de mercado da região onde ele foi descartado. Alguns tipos comuns de plásticos, como o PET (polietileno tereftalato) usado em garrafas de refrigerante e o PEAD (polietileno de alta densidade) usado em embalagens de leite, são amplamente reciclados em várias cidades. Por outro lado, plásticos como o PVC (policloreto de vinila) e o PS (poliestireno), encontrados em alguns tipos de embalagens e produtos descartáveis, têm uma reciclabilidade mais limitada. Os plásticos são divididos em sete tipos: 1. PET ou PETE (Tereftalato de polietileno), 2. PEAD (Polietileno de alta densidade), 3. PVC (Policloreto de Vinila ou cloreto de vinila), 4. PEBD (Polietileno de baixa densidade), 5. PP (Polipropileno), 6. PS (Poliestireno) e 7. Outros plásticos.

Sendo reciclável ou não, o descarte incorreto do plástico pode ser muito nocivo para o ambiente e para a saúde humana, vez que quando ele se degrada se transforma em microplástico e pode entrar na nossa cadeia alimentar. Por isso é importante evitarmos o uso de materiais descartáveis, como copos, talheres, canudos, sacolas plásticas, mexedor de café e outras tantas embalagens e utensílios.

E não é só o consumidor que deve ter essa preocupação.

Agregar valor econômico a questões ambientais tem sido uma necessidade crescente para os setores produtivos e do comércio, e vem se consolidando nas estratégias empresariais, mas nem todas as empresas têm consciência ambiental ou naturalmente abraçam as práticas sustentáveis como parte de sua identidade. Para negócios mais tradicionais, a adoção dessas práticas ocorre de maneira mais lenta, em geral desalinhada com a expectativa de clientes e consumidores que já preferem produtos que não prejudiquem a saúde e o meio ambiente.

A adoção das práticas de sustentabilidade pode preparar as empresas (como as indústrias, lojas, restaurantes, bares) para um futuro de sucesso, melhorando seu desempenho financeiro e fortalecendo sua imagem junto a clientes e parceiros, o que representa um grande diferencial competitivo no mercado. O caminho para uma empresa moderna e sustentável é, sem dúvida, através de ações focadas na produção e no consumo de produtos voltados para a redução de resíduos. Substituir o plástico das embalagens é possível e reforça o posicionamento responsável do negócio como ambientalmente correto.

Há urgência em repensarmos o consumo do plástico e buscarmos hábitos mais sustentáveis para preservarmos a natureza. Sempre que possível, prefira os alimentos vendidos em embalagens de materiais como vidro e papel ao invés de plástico, lembrando que a decomposição do plástico na natureza demora cerca de 400 anos, o que o torna extremamente prejudicial ao meio ambiente. São muitas as mudanças, e o caminho para a construção de hábitos mais sustentáveis como a redução de materiais e resíduos ocorre aos poucos, mas temos que dar o primeiro passo, fazendo o que está ao nosso alcance, lembrando sempre dos 3Rs da sustentabilidade: Reduzir, Reutilizar, Reciclar, nessa ordem.

Quanto menos embalagem, melhor! Se for sem plástico, melhor ainda!