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quinta-feira 9 maio 2024
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Fé e Razão – Educar para as verdadeiras fontes da felicidade e de humanidade

Como é possível que um ser humano possa chegar a níveis de violência e insensibilidade? O que leva as pessoas a perderem racionalidade?
Existem diversas respostas para estas perguntas – sejam de índole sociológica, filosófica, religiosa, médico-psiquiátrica entre outras. Haveria que se pesquisar caso por caso para evitar generalizações superficiais. Em todas essas perspectivas existem pontos para se refletir. Aqui vamos destacar um ponto: a educação do prazer.

Desde a década de 70 assiste-se uma deficiência na educação do prazer. Qualquer educador, pai ou psicólogo sabe como é difícil na educação ir fortalecendo a inteligência e a vontade da criança e do adolescente de modo que consiga que toda a sua carga efetiva, instintiva-passional e os seus sentidos sejam equilibrados e direcionados para as grandes metas da vida.

A criança e o adolescente corre o risco de viver sobre. o domínio do prazer sensível e identificará a felicidade com o prazer. Essa identificação é um dos maiores erros dos recentes séculos.
Qualquer pessoa que perguntar a uma criança ou adolescente o que o torna feliz ou o que ele identifica como felicidade e a resposta será a identificação das alegrias materiais( ir às baladas, frequentar praças de alimentação, ter o celular da moda etc), que são fugazes com a felicidade. Nem tudo deixa muita coisa no ser.

Identificará a felicidade com fazer o que se gosta e fugir ou adiar o que custa. É a patologia dos sentimentos desvairados que chamamos de sentimentalismo. Se sentir bem não é errado, o erro está em parar nisso, em colocar a finalidade da vida nisso. Quando isso acontece como será possível alcançar os ideais altos que todo ser humano normal anseia.

Toda criança, nos primeiros anos de sua vida, é egoísta e hedonista ( prazer pelo prazer, sem limites). Também o meio que a criança e o adolescente vivem tem influência: tais como os meios de comunicação.
Uma criança ou adolescente que constantemente identifica a felicidade com prazer, se tornará com o tempo se tornará materialista e consumista, ou seja, só se sentirá feliz se puder ir ao shopping e comprar coisas da moda, se precisar fará tudo para conseguir mais dinheiro.

Uma criança ou adolescente que é educada na dinâmica do sentimentalismo, ou seja, fazer só o que gosta e fugir de responsabilidades, será uma pessoa fraca de vontade dificultando alcançar ideais altos que exigem fortaleza. Gerando uma pessoa inconstante e infeliz.

É urgente investir na educação das crianças e jovens! Devem aprender que a felicidade não está no prazer desvairado e irracional, mas no prazer certo, no lugar certo, na medida certa e com a finalidade certa.
A criança e o adolescente devem aprender desde cedo a dizer não a muitos desejos e impulsos. Esse “não” abre as portas da verdadeira felicidade e realização.

É preciso investir na inteligência, nos valores humanos, na descoberta do sentido da vida, da cultura, das convicções fortes. Resgatar o papel da harmonia dos sentimentos. É dar a possibilidade às crianças e jovens resistirem a toda pressão interna e externa que vivem na sociedade. É fundamental que possam abrir perspectivas mais humanas.

Prof. José Pereira da Silva