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sábado 27 abril 2024
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“Crônicas e Contos do Escritor” – E o calorzão foi embora

Ah, que alívio essa “refrescada” no tempo. O frio ainda não está ideal, mas já ajudou um pouco. Aquela sensação ruim de roupa colando no corpo, a moleza, a famosa “lezeira” (oh, palavra esquisita, existe mesmo?) e a sensação de mal-estar acabaram, graças a Deus.

A leve esfriada no tempo já me animou tanto que rebusquei no armário e achei, lá no fundo, uma lata de cappuccino e comemorei. É do inverno passado, ficou esquecida, abandonada, no armário e a validade já comprometida, mas não quis nem saber, após uma checagem rápida e não muito minuciosa, cheguei à conclusão que o cappuccino estava em ótimas condições, então, tratei de matar a saudade, oh, felicidade.
Chega de noites abafadas, quentes, suadas.
E o ventilador, eu percebi, me olhou agradecendo o descanso.

Tempinho frio, chuvoso, delicioso, me desperta a vontade de escrever contos de terror ambientados em uma floresta chuvosa, escura e misteriosa.

Bom, vamos esperar mais um pouco para isso, por enquanto já dá pra começar a pensar em algum caldinho quente, uma quirerinha, um chocolate quente, ou, quem sabe, aquele fondue acompanhado com um bom vinho Cabernet Sauvignon. Pode ser de carne, queijo cheddar ou frutos do mar. Fondue é fondue e é um dos charmes do inverno. Ah, aquele queijo derretido. Já dá pra pensar no fondue?

Ah, o cappuccino já matei a saudade, mas ainda tem muito a curtir do friozinho que o outono proporcionou e, oba, ainda teremos o inverno para curtir. U-hu!

É bom ver aquele dia cinzento com o vento gelado, é romântico, nostálgico, chique e o melhor de tudo, sem o cheirinho desagradável de desodorante vencido que os dias quentes provocam e sem o tradicional cansaço chato que o calor traz. E nem falo das quedas de pressão.

Nem bem começou o outono e as noites já parecem mais escuras, mais silenciosas, mais tranquilas mais inspiradoras e se tiver aquela garoa fina, que até parece ter preguiça de cair, então, melhor ainda. Noites assim pedem um bom filme, um cobertor enrolado e em boa companhia, claro! Ah, pode falar o que quiser, é muito bom.

Ah, o friozinho é mesmo bom demais, as pessoas se vestem melhor, ficam mais bonitas, mais elegantes. Não vou dizer que só as mulheres ficam mais bonitas, se não, vem a turma do mimimi e diz que estou sendo machista, que o discurso é sexista e blá blá blá. Infelizmente, hoje em dia não se pode nem dizer que a mulher está bonita.

Ah, não. Pelo amor de Deus, né? Não estou a fim, então vamos generalizar e dizer que todas as pessoas ficam mais bonitas, né? oh, meu Deus do céu. Socorro!

O verão, o calor, também tem suas qualidades e seus amantes, claro, mas fico com a elegância e o charme do outono e do inverno, certo?
E a beleza e romantismo da neve caindo então? Sei que como a chuva, bonita quando se vê um pouco, mas logo enjoa, incomoda, atrapalha, isso é verdade, mas ainda assim, é maravilhosa.

É claro que o outono/inverno tem a porcaria da gripe com os malditos e desconfortáveis espirros, com o nariz escorrendo, quando não está entupido, sempre uma vergonha e uma nojeira ficar assoando o danado.
A tosse insistente incomoda e todo mundo já olha torto achando que a COVID está voltando. Sai pra lá!

E a garganta doendo então? Ah, só por Deus, viu? Mas, seguindo uma receita da mamãe, não há garganta inflamada que resista a um café bem quente com manteiga. Ou então, para os casos mais graves, uma gemada com canela. Oh, delícia! Nesse outono/inverno, em uma noite bem fria, não posso esquecer, vou tomar uma gemada com ou sem gripe, com ou sem garganta inflamada. Só mesmo pelo prazer.

Bom que venha o frio, com gripe ou não, com tremor de frio ou não, que se dane o ouvido que entope, o nariz que escorre, que se dane a velha mania de dizer que não pode tomar vento, não pode tomar gelado, é só se encher de blusa e curtir o frio.

Bom, estou feliz, o frio está chegando. Chega de ouvir o pessoal reclamando do calor.
É claro que daqui a pouco está todo mundo reclamando do frio. Normal!