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quinta-feira 2 maio 2024
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Você já ouvir falar em filicídio?

A palavra filicídio latino deriva do latim palavra filius que significa “filho” ou filha, acrescentado do sufixo – cide significado para matar, assassinato, ou a causa da morte. Filicídio é o ato deliberado de uma mãe ou pai a matar o seu próprio filho ou filha. É um termo que descreve o homicídio de um ser humano por seu próprio filho ou filha. “O filicídio” pode referir-se à mãe ou ao pai que matou o seu filho, bem como o ato criminoso que a mãe ou o pai cometeu.
No mundo animal há muitos animais que cometem filicídio como ato de seleção natural da espécie, mas fere aos preceitos sociais estabelecidos desde os mais remotos tempos, sendo pouquíssimos os grupos sociais que o admitem e, quando isso ocorre, trata-se de uma questão cultural.
Existem alguns exemplos de filicídio com motivos religiosos ou até mesmo mitólogos, até chegarmos em crimes atuais que chocaram o Brasil:
O homicídio de Medeia, esposa de Jasão contra os seus filhos; O quase homicídio de Isaque por seu pai Abraão, pois Deus teria falado com Abraão e lhe pedido uma verdadeira prova de fé, determinando que levasse o seu filho para oferecê-lo em holocausto no Monte Moriáque próximo a Salém.
Além desses dois casos citados, há ainda, o exemplo de Urano, Deus que na mitologia grega personificava o céu e enterrava seus filhos no seio de Gaia, a Terra; Cronos cometia uma espécie de filicídio devorando os seus filhos, mas foi derrotado por seu filho Zeus, o mais poderosos de todos os deuses.
A menina de cinco anos que morreu após ser arremessada do sexto andar de um edifício localizado em São Paulo, em março de 2008. O caso gerou grande repercussão nacionalmente porque a autoria do crime foi reputada ao pai e à madrasta. O casal foi condenado por homicídio doloso triplamente qualificado; Outro caso emblemático. Bernardo foi morto em abril desse ano com uma superdose de sedativo e, depois, enterrado em uma cova rasa em área rural de Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul. O inquérito apontou o pai do menino, e a madrasta, como mentores do crime. Eles respondem por homicídio qualificado e ocultação de cadáver junto com outros dois réus.
Contrariando a ideia de que o amor paterno e materno é incondicional e inquestionável, o filicídio viola leis e normas estabelecidas moral e socialmente, tornando-se um tabu. No entanto, como dito é um crime bastante antigo, aparecendo já na mitologia grega.