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quarta-feira 8 maio 2024
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Reformas econômicas e impacto social

Reformas econômicas e  impacto social

As reformas sociais sempre reforçam o discurso da geração de empregos e renda. Elas nunca são pensadas do ponto de vista da divisão da renda, pelo menos no caso brasileiro, onde se privilegia os interesses das elites que secularmente tem se perpetuado no poder e, nunca se deixa contrariar nos seus intentos. É sempre a mesma postura do discurso vazio, que por si só implica na colocação da conta para que os menos favorecidos paguem. Essa conta aparece na educação, na saúde, na segurança, no meio ambiente, na geração de recursos para novos investimentos que nunca deixam de ser um problema do ponto de vista do Estado, que usa sempre a mesma roupa velha com botões novos para justificar essa onda ultraliberal. Esses projetos, oriundos dessa onda ultraliberal, não tem nenhuma orientação social e se distancia, cada vez mais, do cotidiano das pessoas, tornando abissal a distribuição da renda no país. Isso dever ser considerado uma verdadeira atitude de má gestão e deve ser enquadrada como malversação pública.
Nós temos mais de treze milhões de miseráveis e a conta nunca fecha para se colocar um fim à onda de desemprego , para continuarem suas ações espoliativas , principalmente nos mercados emergentes. Nos casos do Brasil e da América Latina, temos ainda os interesses norte-americanos que vêm impondo agendas ultraconservadoras e tentativas de golpes, para garantir que as matérias-primas sejam adquiridas a preços muito baixos. Aí se coloca toda uma gama de produtos que serve para aumentar as riquezas dos donos do capital sediado nos Estados Unidos. É uma verdadeira guerra híbrida, que tem ramificações em vários setores das sociedades latino-americanas. Nesse caso o povo atrapalha os lucros e, a ele se impõe o ônus de uma culpa que ele não tem. Nada é feito com a intenção de esclarecer, mas só se faz na razão do discurso ideologizado pelo poder constituído, pela falta de caráter e disposição na renovação das ideias e nas atitudes para com as massas que, notadamente são dominadas pelo jogo político do toma lá da cá, ou bem no estilo franciscano, no é dando que se recebe.
Quando falamos de um mundo de perversidades que se propõe à grandeza que não cabe dentro de uma sociedade, é preciso uma reflexão maior para que se consiga determinar qual a leitura que será feita diante de todos esses modelos paradoxais, que antagonizam a sociedade. Hoje, temos inúmeras divisões , que só serão aplainadas com a participação mais efetiva da sociedade, na redução da desigualdade, respeitando a finitude dos recursos, buscando atuar de maneira sustentável sobre o meio ambiente e com humanidade sobre o trabalho , que é o principal produto capaz de produzir todos os produtos e todas as riquezas.
O passo inicial para reduzir todas essas diferenças está na colocação de um fim definitivo à condição de público, como o povo tem sido tratado pelos donos poder e, de quebra , pelos donos dos capitais que fazem das guerras e da miséria uma plataforma de enriquecimento, sem nenhum escrúpulo. Se não há ninguém disposto a fazer essa discussão ,acho que a situação tende a piorar e vai ficar insustentável em pouco tempo.
Aí todo mundo perde, exceto aqueles que exteriorizaram o poder. Tudo o que foi feito até agora só reforçou as diferenças e nada tem sido apontado como saída imediata para essa crise que só vai aumentar, principalmente com a desvalorização do dinheiro e o aumento do desemprego, o que jamais será resolvido com esse modelo de economia, onde o Estado assume sempre os prejuízos e o capital sempre fica com os lucros.
Diante de tudo isso, só posso dizer uma coisa: que não há poder sem povo e para ser povo no Brasil e na America latina em geral, é preciso que os trabalhadores estudem muito, buscando seu verdadeiro lugar dentro da sociedade. É preciso mais do que cidadania, é preciso uma societania. É preciso ressignificar a história dando às pessoas humanidade e direitos , para que verdadeiramente saibam o significado de democracia. Quer ser cidadão? Vá à luta e deixe de achar que as redes sociais resolvem sua vida. Faça você mesmo, para que os outros não os dominem no futuro.