Com rostos serenos, olhares realistas e detalhes que simulam até a textura da pele de um recém-nascido, os bebês reborn vêm ganhando espaço no mercado artesanal brasileiro. Em Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, uma fábrica especializada tem produzido cerca de 300 bonecos hiper-realistas por mês, abastecendo colecionadores, terapeutas e apaixonados por essa arte.
Cada boneco leva até sete dias para ser finalizado e pode custar de R$ 600 a R$ 1.500, dependendo do realismo e dos materiais utilizados. O ateliê se tornou também um polo de formação, com cursos voltados a quem deseja aprender a técnica.
Mais que brinquedos, os reborns têm sido utilizados em terapias com idosos, pessoas em luto e portadores de Alzheimer, por seu efeito calmante e de acolhimento. No entanto, o uso desses bonecos em simulações públicas de emergências médicas tem levantado polêmicas na região. Em São José dos Campos, por exemplo, um projeto de lei foi protocolado para proibir esse tipo de encenação em vias e unidades públicas.
Apesar da controvérsia, o mercado segue aquecido e com fila de espera para encomendas. Há, inclusive, crescente demanda internacional.
(Fonte: Guiacampos)
