Percebe-se interesse por cursos, ideias, objetos, literatura, pessoas, métodos, religiões, que prometem ensinar o segredo de bem viver, do êxito no amor, nos negócios, na profissão e na conquista da felicidade.
Geralmente são formas que prometem ser eficazes sem sacrifícios e com um mínimo de esforço. Obedecem ao esquema capitalista de marketing-venda do produto.
Oferecem uma ilusão, baseando-se justamente na necessidade mais central do ser humano: ser feliz.
Não nascem da experiência humanizadora, que sempre supõe responsabilidade, disciplina ou empenho, mas sim de construções teóricas superficiais, com objetivos claramente econômicos.
As pessoas, mesmo sabendo, deixam-se iludir, valorizando a impressão de preencher o vazio pessoal, uma vez que se ocupa unicamente da beleza física, de seu bem-estar, de amontoar dinheiro, coisas ou poder.
Toda essa oferta e demanda não promete saciar a sede do ser humano para se encontrar ou construir-se? Esta busca incansável não faz parte da busca de sentido? Mas, não é a própria vida, assumida integralmente, aquela que faz o ser humano ser mais ele mesmo e lhe possibilita sentir orgulho de sua vida vivida? Só que este processo é o contrário daquele que proclama o consumismo como individualismo satisfatório.
O ser humano se constrói, ninguém pode construi-lo. Ninguém e nada podem substituí-lo. Quando assume esta responsabilidade consigo mesmo, avança no caminho da verdade, constrói sobre a rocha, faz-se uma pessoa amável e paciente, com a mente clara e o coração compreensivo.
De fato, pode ser um monumento digno de ser amado por aqueles que o rodeiam.
Disse Santo Agostinho: “Conserve e aumente o que está dentro de você e não temerá nada do que está fora”. “Não se esqueça nunca de que Deus enche o coração, não os bolsos”.
Prof. Dr. José Pereira da Silva