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segunda-feira 20 maio 2024
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Fé e Razão – Abril Azul: conscientização sobre o Autismo

O dia 02 de abril foi instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas) como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo.
Até recentemente se falava pouco sobre o autismo e foi somente a partir de 1993 que o autismo passou a ser incluído na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde (CID-OMS).

O nome técnico oficial do autismo é Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). No autismo existe dois déficit no desenvolvimento: comunicação social e comportamento. Portanto se refere a uma série de condições caracterizadas por desafios com habilidades sociais e padrões restritos e/ou repetitivos de comportamentos.

Existe vários subtipos de autismo que pode se manifestar de forma diferente em cada pessoa. Há no autista uma quebra de contato com tudo o que está ligado à vida exterior, ou seja, ao ambiente circundante.

É algo tão abrangente que atualmente se usa o termo espectro pois possui vários níveis de comprometimento. Existe pessoas com outras doenças, como epilepsia e deficiência intelectual, até casos de pessoas que nem sabem que são autistas. O ator Anthony Hopkins descobriu recentemente que está no espectro autista. O autismo precisa de diagnóstico sério.

O autismo apresenta vários sinais: não manter contato visual por mais de 2 segundos, não entender quando chamado pelo nome, não se interessar por outras crianças, alinhar objetos, não brincar com brinquedos de forma convencional, repetir frase ou palavras em momentos inadequados entre outros.

No século XIX, o autismo não era diferenciado de retardo mental e, no início do século XX, era considerado uma versão infantil das psicoses dos adultos.

Kanner foi o primeiro a identificar o conjunto de sintomas que caracterizam o autismo ( por exemplo, isolamento social extremo, mutismo, insistência em manter a rotina diária inalterada, fala sem efeito de comunicação etc). A esse quadro Kanner deu o nome de autismo infantil precoce.

Na década de 50, surgiram as teorias psicogênicas e as recomendações de psicoterapia a longo prazo para crianças e pais.

A partir de 1960, pesquisas foram demonstrando que crianças autistas podiam apresentar retardo mental, anormalidades neurológicas (convulsões, espasmos etc) e déficits nos processos cognitivos.
Em 1968, Rutter mostrou os déficits cognitivos e perceptuais dos autistas como responsáveis pelo comprometimento da linguagem.

Nas décadas de 70 e 80, o autismo deixou de ser visto como um distúrbio emocional parser considerado um distúrbio grave de desenvolvimento. Os sintomas variam em função da idade e nível de desenvolvimento dos indivíduos.

O tratamento deve ter por objetivo atender às necessidades da criança e da família, tanto imediatas como as de longo prazo. As indicações de tratamento variam de acordo com o caso de cada criança. Geralmente os sinais do autismo aparecem a partir de um ano e meio de idade.

É importante realizar o diagnóstico e o tratamento o quanto antes. O tratamento é personalizado e multidisciplinar. Deve se evitar os rótulos do autismo pois pode colocar barreiras sociais, educacionais, profissionais entre outras.
Existe a Lei Berenice Piana, Lei 12.764 de 2012, que criou a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo.

A Campanha tem como objetivo de levar informações para população e combater a discriminação de autistas. Trazer visibilidade ao Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Prof. José Pereira da Silva