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quinta-feira 16 maio 2024
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Direito Animal em Foco – Alimentação natural

Direito Animal em Foco – Alimentação natural

Por Letícia Filp

Sinceramente, eu jamais teria coragem de comprar partes decepadas desses corpos no supermercado, ainda mais para comemorar o aniversário de Jesus, que foi vegetariano. É um contrassenso e uma crueldade que não entra na minha cabeça.

Segundo estudos sobre os essênios, grupo do qual Jesus fazia parte, “A alimentação possui um papel central na doutrina encontrada nos evangelhos de Szekely e Ouseley. Ao afirmarem que Jesus era frugívero, ou seja, que ingeria apenas alimentos que não significavam a morte de nenhum ser vivo, como folhas e frutos, eles pregam que as refeições devem ser um momento de compaixão e comunhão com Deus. O contato com a natureza é essencial.”

“Segundo São Clemente de Alexandria (Tito Flávio Clemente, c. 150-220), o apóstolo Mateus alimentava-se apenas com alimentos do reino vegetal e nunca tocava em carne, e São Pedro declarou viver à base de pão e azeitonas, com a rara adição de ervas; e Hegésipo (citado por Eusébio) assegura que Tiago nunca comeu qualquer alimento animal, afirmação confirmada por S. Agostinho que disse que Tiago, o irmão do Senhor viveu à base de sementes e vegetais, e nunca de carne e vinho”.

“No decorrer da Idade Média, todos os seguidores das filosofias que fossem contra o abate e abuso dos animais, ou que praticassem o vegetarianismo, que estava associado a cultos não católicos, eram considerados fanáticos, hereges e frequentemente perseguidos pela Igreja e queimados vivos. Destacam-se os Bogomilos, seita dualista gnóstica surgida na Idade Média. Eles não comiam carne por motivos religiosos. [33] Foram perseguidos como hereges pela inquisição medieval.”