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quarta-feira 8 maio 2024
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Comilanças Históricas e Atuais – A queda: os últimos dias de Hitler

Comilanças Históricas e Atuais – A queda: os últimos dias de Hitler

I – Alimentos
Vamos pensar o mundo com suas ruas, avenidas, casas, edifícios, luzes, e seres humanos vivendo o sorriso, a voz que fala suave ou rispidamente, explosiva algumas vezes, precisamos entender que o universo caminha com os conflitos e o amor, lado a lado.

O mundo para se manter precisa de alimentos. Os países colocam seus trabalhadores nos campos para produzir, cada um em sua especialidade e na aceitação da terra, alimentos e produtos, para que a humanidade fique em pé.
Tudo ia bem. A terra, as indústrias, a alimentação. Porém de um momento para o outro, o mundo desembesta os seus meios de produção, a instabilidade começa a entrar pelas janelas das casas, a produção industrial suplanta a agricultura.

Falta a mamadeira
O pão também falta
O feijão divide suas porções
O arroz começa a desaparecer
A carne está no corpo do gado
Mas ele foge do abate.

II – O grito
A população sente a falta dos alimentos, os filhos nascem a cada segundo, a importação da comida de outros países, passa a ser a condição que toca a vida para a frente.

III – Eu cheguei
A população europeia foi testada como imigrantes, eles aravam a terra, trabalhavam nas indústrias e comiam o pão e seus derivados, como todos os nativos da terra.

IV – Como chegar ao serviço
As construções de vias férreas cruzavam os países, a construção de navios nadava sobre todos os mares. As matérias-primas para a fabricação de novos produtos vinham do outro lado do mesmo mundo. Até os anos de 1900, cheio de zeros, e muitos significados.

Você produzia,
Comprava
Facilitava a vida
E amava

V – A inversão
Tudo que era normal, desarranjou-se dentro do mesmo tempo:
A terra cansou
Pediu férias
Licença-prêmio
E foi ouvir o cantar dos
Pássaros

A produção alimentar esgotava-se antes de chegar às mesas, aumentou os custos de cada feijãozinho, a palavra desvalorização da moeda andou pelos empórios.

A Europa foi buscar comida
Na África tropical.
Essa busca visava a produção
De novos alimentos.
Utopia, delírio,
Economia em desastre.
Amor misturado com caldo de feijão.

O moço quieto, silencioso, sem graça, chamado Malthus, despois de um sonho tenebroso coloca o mundo em cheque. O cientista apresenta um futuro, não tão distante, incapaz de produzir os alimentos necessários para uma monstruosa população, considerando-a numericamente.

Os problemas econômicos, a falta de comida na mesa do trabalhador, explodiram em 1914. As pessoas tentavam alterar a classe social, uma parte do mundo comia, alimentava-se; a outra, olhava. O mundo de fantasia ruiu, as rivalidades sociais puseram as garras de fora, tentativas de monopolizar a produção. A Alemanha, no entanto, tornou-se um estado febril e industrial. E a Primeira Guerra Mundial desceu de algum lugar, preparada para matar.

No respirar das cidades, 40 milhões de civis fecharam os olhos para não sentir, nunca mais a desilusão; 20 milhões de soldados receberam uma bala:

Na boca
No peito
Na cabeça
E os pensamentos morreram
VI – Loucura

Procurando buscar novos caminhos na pradaria destruída, os alemães criaram o Partido Nacional Socialista, apelidado de Nazista. Hitler entrou no partido no ano de 1921.

VII – Hitler – Infância
Sofria de uma insegurança irresponsável; era medroso ao extremo; a sua depressão era vista a quilômetros; sentia-se abandonado e solitário; a mãe era rainha da submissão; o pai, alcoólatra, agressivo, dava-lhe surras homéricas.
Esse menino, já mais crescido, levou o mundo à Segunda Guerra Mundial. Hollywood produziu 448 filmes sobre a tema. A grande obra de Hitler foi a construção de 20 campos de concentração, matou 1 milhão de crianças, 2 milhões de mulheres, 3 milhões de homens e 50 milhões de soldados em campo de batalha.

VIII – O filme “A Queda”
A nossa primeira ideia tem um cerco importante, é a entrada do cinema alemão, através da direção de Oliver Hirschsbiegel e roteiro de Bernd Elchinger, no universo da Segunda Guerra Mundial.

IX – Hitler
Oliver apresenta ao público as últimas horas de Hitler. Não há dúvida que estamos assistindo os últimos minutos do ser que produziu a maior tragédia da nossa história.

X – A prisão
As últimas horas do personagem, mais enigmático do nosso tempo, mesmo sendo o chanceler da Alemanha, acontece na clausura de um bunker da chancelaria, a vários metros de profundidade, cercado pela alta cúpula do regime, mesmo diante do rosto verdadeiro da derrota ainda pensam no futuro. Hitler está acompanhado da falsa namorada Eva Braunn, a nossa dúvida e da história consiste em descobrirmos se esse homem tinha noção do que era namoro.

O filme pretende mostrar, antes de toda a história, que o personagem que levou o mundo inteiro a uma guerra era uma pessoa, um homem comum, sem genialidade alguma; tomado pela falência existencial, sua morbidez que vem do estomago agoniado, derrotado, encolhido como um feto, parece um herói mal desenhado num pedaço de papel rasgado e atirado ao chão.

XI – O mapa não mostrado
Hitler trêmulo, de cabeça baixa, educado, implora a secretária que datilografasse uma carta necessária. Sua voz emitia um som sussurrado, embrulhado pelo medo, mas, no entanto ainda acreditava no milagre.

XII – O susto
A cozinheira arruma a mesa, distribuindo os pratos e os alimentos, e ganha de Hitler um agradecimento muito especial. Tudo o que acontece no bunker partiu do diário de sua secretária Traudi Junge. O que assusta o público é a cena acanhada do agradecimento que vem dos lábios de um assassino histórico.

XIII – O Subsolo
Cercado pelos seus grandes Generais, em nenhum momento se comenta o assunto “Solução Final” e a morte de milhões de Judeus. Diante de nossos olhos passa um Hitler derrotado, fala mansa, embora não tenha esquecido os berros e os gritos em alguns instantes, o que indica que em seu interior havia uma luta entre a loucura e umas gotas de lucidez.

A sua fragilidade como homem, dono de um estado físico, é a crise constante de quem sofria de Parkinson, a mão esquerda, colocada nas costas para disfarçar os movimentos trêmulos e constantes. A sua postura curvada, mostra a submissão de seu estado clínico; os nervos em frangalhos, caminhando sozinho pelos corredores escuros. O seu estado geral nos passa o retrato mórbido do que foi o seu império.

O roteiro não mostra com detalhes a invasão Russa sobre Berlin, no entanto apresenta, pelas explosões das bombas, que a capital nazista estava sendo destruída. As consequências da humilhante derrota levam Hitler a pensar o que farão dos seus restos mortais. A sua preocupação era com a profanação do que fora durante o seu poder. Com muita calma, mata a sua cachorra de estimação, Blondie, animal que representou a única companheira nos seus instantes de medo e tédio. Toma um comprimido de cianureto; entrega outro a Eva e, ambos dão um tiro na cabeça.

XIV – O fanatismo político
Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda Nazista fora o grande divulgador do regime; pensou numa escolarização nazista; propôs uma Revolução Cultural em nome do partido.

Ele, sua esposa e filhos, estavam ao lado de Hitler no bunker. Com a morte do ditador, o casal mata todos os filhos. O casal sai do bunker. A lua no céu, há esperança distribuída na fala do vento; as estrelas se ajeitam no espaço, os astros percorrem as suas rotas.

O casal Goebbels penetra os seus olhos na vida que lhes invade os corpos. Não há ruídos, não há insetos voando; a crença se desfaz, mas o fanatismo político, irracional, movimenta o desiquilíbrio que ouve a voz e a ação da mentira, e um mata o outro.

E o nazismo retornou ao fundo da terra, até que, um dia, outro psicopata o desenterre do solo enlameado.

RECEITA

REPOLHO RECHEADO COM CARNE MOÍDA

Ingredientes: 1 repolho médio; 500g de carne moída; sal a gosto; 3 dentes de alho picados; 50g de bacon em cubinhos; salsinha picada a gosto; 1 cebola picada; 1 tomate em cubinhos; 1 colher chá de tempero baiano; 1 colher chá de chimichurri; 1 pitada de pimenta calabresa; 1 tablete de caldo de carne; 2 colheres sopa de extrato de tomate; 1 litro de água fervente; 2 colheres chá de molho inglês; 1 colher sopa de amido de milho

Modo de preparo:
Comece temperando a carne moída com sal, alho, bacon, cebola, tomate, salsinha, tempero baiano, chimichurri e pimenta calabresa. Misture bem e reserve. Corte o talo do repolho e retire o miolo, deixando-o com um formato de cumbuca. Recheie o repolho com a carne moída temperada e tampe com o talo que você havia cortado. Amarre o repolho com um barbante e espete alguns palitos para evitar que as folhas se abram. Coloque o repolho dentro de uma panela e despeje um litro de água fervente com um tablete de caldo de carne e duas colheres de extrato de tomate. Tampe a panela e cozinhe em fogo baixo por aproximadamente 1 hora. Retire o repolho da panela e reserve. Adicione ao caldo que sobrar na panela o molho inglês, uma colher de extrato de tomate e amido de milho. Mexa em fogo médio até engrossar. Retire a tampa do repolho e despeje o caldo por cima. Sirva seu repolho recheado com o molho engrossado por cima.

por Adriana Padoan