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terça-feira 14 maio 2024
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Coluna GPS – Óptica

Coluna GPS – Óptica

A margem direita do Rio Arno em Florença possui um prédio renascentista que abriga o Museu Galileu Galilei e os primeiros telescópios.

Sir Isaac Newton também estudou os corpos celestes e o movimento gravitacional e ficou célebre pelos estudos deixados no campo da luz.

O físico inglês estudou e elaborou teorias sobre o mecanismo da dispersão da luz a partir de da década de 1660. Em uma câmara escura e através de um prisma, Newton conseguiu esclarecer que a luz branca era o resultado de uma composição de todas cores e as cores eram consequências das frequências de onda da luz. Newton observou um feixe de luz solar originário de uma única fresta que atravessava a parede da câmara sobre um prisma e sua consequente decomposição em uma gama de cores similares às do arco-íris.

Após concluir que as cores faziam parte da luz solar branca, com um segundo prisma conseguiu recompor as cores dispersadas obtendo novamente a luz branca.

O experimento pode ser resumido, obtendo o mesmo resultado, com as três cores primárias: vermelho, azul e amarelo.  As cores primárias são os componentes de todas as demais cores.

Segundo o Museu Interativo da Física da UFPA, “a dispersão é um fenômeno óptico em que a luz é separada em suas diferentes cores quando refratada através de algum meio transparente, a exemplo do arco-íris, do prisma e da lente fotográfica. A dispersão ocorre quando a velocidade de propagação da luz no interior de algum meio depende da frequência da onda eletromagnética”.

Em sua obra “Optica”, Newton traz várias questões onde apresenta argumentos em relação à natureza da luz e sobre sua materialidade.  Suas descobertas foram responsáveis pelas palavras escritas em latim sobre o seu túmulo, o mais visitado da Abadia de Westminster: Fiat Newton, uma alusão à frase do Gênesis Fiat Lux.

A mesma luz que tanto encantou Newton tem funções fundamentais sobre a natureza e sobre o ciclo das estações do ano. As plantas de dia longo e as de dia curto são as plantas que florescem apenas em determinada época do ano.

Fotoperíodo é a duração do dia em relação à noite em um tempo de 24 horas. Fotoperiodismo é a reação da planta à esse tempo.

O fotoperíodo exerce influência sobre a floração. As plantas neutras ou indiferentes são aquelas que não dependem do fotoperíodo, mas apenas da disponibilidade de água e temperatura.

Em outras palavras, as plantas só conseguem dormir se houver interrupção da luz, o que tem trazido preocupação ambiental em relação aos parques e às rodovias iluminadas.

O fator que provoca a floração é a duração da noite; o importante é o número de horas que a planta passa sem luz. As plantas de dia longo florescem quando a duração da noite é inferior a um certo valor, o fotoperíodo crítico. As plantas de dia curto florescem quando o tempo que elas passam no escuro é maior que o fotoperíodo crítico.

Segundo a Escola de Botânica de São Paulo, “a duração sem suspensão de um tempo no escuro é essencial para a floração da planta. Através de experimentos com fotoperíodo, deduz-se que o estímulo para a floração resulta de um determinado tempo ininterrupto no escuro e não da duração do dia. Algumas experiências provam que a reação ao fotoperíodo é provocada pela folha”.

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José Alencar Galvão de França