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sexta-feira 31 maio 2024
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Coluna Espírita – A infância e a juventude

• Astolfo O. de Oliveira Filho – Revista Virtual O Consolador
Por que morrem crianças em tenra idade?
A duração da existência de uma criatura humana obedece geralmente a uma programação reencarnatória.
Vários fatores podem determinar a morte de uma criança, mas, basicamente, a curta duração de sua existência pode representar o complemento de uma existência precedentemente interrompida antes da hora.
Sua morte constitui, não raro, prova ou expiação para os pais. Pode haver, contudo, casos em que a morte de um filho em tenra idade tenha outro objetivo, como, por exemplo, servir de aguilhão para seus pais, como se deu com um famoso médium brasileiro, que se firmou na doutrina ao perder uma filha nessas condições.
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Qual a sorte dessas crianças que a morte retirou tão cedo do convívio dos pais?
Separado do corpo físico, em decorrência da desencarnação, o Espírito volta, na maioria das vezes, a reencarnar depois de intervalos mais ou menos longos, intervalos esses que podem durar desde algumas horas até muitos anos, não existindo, nesse sentido, limite determinado. Esses intervalos podem prolongar-se por muito tempo, mas jamais serão perpétuos.
Enquanto aguarda nova encarnação, o desencarnado fica no estado de Espírito errante, estado em que espera novas oportunidades e aspira a um novo destino. Nesse estado, ele não fica inerte: estuda, observa e busca informações que lhe enriqueçam o conhecimento das coisas, procurando o melhor meio de se elevar.
A situação não é diferente quando se trata do Espírito de uma criança na chamada vida post-mortem.
Segundo o Espiritismo, tal qual acontece com o Espírito de uma pessoa adulta, o Espírito da criança morta em tenra idade volta ao mundo dos Espíritos e assume sua condição precedente, retornando mais tarde a uma nova existência, que ocorrerá na época que for julgada mais conveniente ao seu progresso, não havendo, quanto a isso, um prazo definido.
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Por que a adolescência é o período mais importante na existência de uma pessoa?
Primeiro é preciso esclarecer que essa relevância da adolescência em relação aos demais períodos da existência humana não é afirmada, ao que nos consta, por nenhum autor espírita sério.
E não poderia ser diferente, visto que todos os períodos na vida de uma pessoa são importantes. Pelo menos é isso que Emmanuel disse, a respeito da infância e da juventude.
Eis as palavras do conhecido instrutor espiritual: “A juventude pode ser comparada a esperançosa saída de um barco para viagem importante. A infância foi a preparação, a velhice será a chegada ao porto. Todas as fases requisitam as lições dos marinheiros experientes, aprendendo-se a organizar e a terminar a viagem com êxito desejável” (Caminho, Verdade e Vida, cap. CLI, obra psicografada por Francisco Cândido Xavier).
O êxito de uma existência está muitas vezes relacionado ao que ocorreu com a pessoa quando criança. A base moral, tanto quanto a base intelectual, se forma nessa fase, que Emmanuel chama de preparação.
Um menino que não aprendeu as noções elementares da matemática, por exemplo, terá imensas dificuldades na adolescência. Falta-lhe, como dizemos comumente, base.
O mesmo se dá com relação à educação do ser como um todo, lembrando-nos aqui de que educação é o conjunto dos hábitos adquiridos. É por isso que o ditado popular nos diz que “educação vem do berço”.
Educar as crianças, desde a fase uterina, é preparar o cidadão de amanhã, razão por que no Espiritismo se tem dado tanta ênfase à chamada evangelização da infância.