Santo Verbo – Aprendizado em Templo Budista
Em um esboço humano-geológico e contemporâneo, a mais substancial, deleitável das aptidões e laboriosa, é indubitavelmente, a expressão da palavra. Santo Verbo participa como instrumento – de ação – com uma pitada de condimento, em reverência à Vida.
Aprendizado em Templo Budista
Um monge que falava, alegremente, nas dependências de um mosteiro, após um ritual, ao público visitante, na Província de Sichuan na China. Incluí-me a um grupo de desconhecidos para escutar o que se passava. O intérprete, do Mandarim para o Inglês, não mediu esforços e traduziu a sabedoria monástica: “a energia sempre flui em direção ao objeto do amor. Pois, sempre que uma pessoa perceber a energia presa, em si mesma, esse é o sinal para liberar a fluidez. Encontrar alguma coisa para amar. Qualquer coisa serve, portanto se trata apenas de uma razão: pode ser uma árvore de um parque que você toca de modo amoroso ou mesmo uma massagem aplicada afetuosamente.
Havendo amor, a energia se canaliza na direção da pessoa. Comparando a água que escorre e não importa se está longe ou perto do mar, é pra lá que ela se destina. O mesmo ocorre com o amor; seja onde for que esteja o amor, a energia estará sempre buscando atingir um “estágio do amor” – estará sempre em dinâmica.
É interessante lembrar que o amor é tão quente quanto o ódio – só a indiferença é fria. Mesmo quando se odeia, algumas das vezes a energia brota. Sem duvidar que esse mesmo fluxo raivoso é de poder destrutivo. As pessoas podem até sentir-se bem após uma explosão de raiva, mas algo foi liberado, quando poderia ter sido canalizado pelo amor. Contudo é melhor a liberação da raiva do que conter a indiferença. Não é a ação de uma massagem que tira a dor, mas o interesse e o amor da própria pessoa.
A qualquer momento que se perceber que está se passando alguma coisa de estranho, diferente, fique em silêncio, lembre-se de alguém, de algo, que você ama – pode ser uma mulher, uma criança, um animal de estimação ou um botão de rosa. De súbito, você perceberá a energia fluindo novamente. A indiferença é bloqueio para a fluidez. Sugere o monge em tom mais alto: Pratiquem. Vocês, finalmente, conhecem a chave: o amor é a chave. E o amor é dinâmico. Esse é o meu movimento pela vida.” Sorriu o monge.