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terça-feira 19 março 2024
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Coluna do Luiz Carlos Batista

Já não se joga como antigamente 1
Claro que tudo na vida evolui, é natural, mas com a realização da Copa do Mundo, me veio à lembrança como se jogava antigamente, quando eu era jovem e torcia para o Palmeiras em São Paulo, e para o Atlético em Minas. Na minha terra natal, Frutal (Triângulo Mineiro), a maioria torcia, em primeiro lugar, para time de São Paulo; time de Minas era segunda opção. Meu pai era santista roxo, e atleticano; quando jogavam os dois, ele era mais… Pelé! Comemorava a vitória do Santos, com o coração um pouco apertado, mas gostava…

Já não se joga como antigamente 2
O esquema tático de todos os times era 4-2-4. E, curiosamente, lendo reportagens sobre as 36 seleções da Copa 2018, nenhuma – repito, nenhuma – adota o 4-2-4. A maioria opta pelo 4-2-3-1, inclusive as principais concorrentes ao título (Brasil e Alemanha); algumas seleções arriscam mais, optando pelo 3-4-3 (Bélgica), o que me parece deixar a defesa um pouco desguarnecida (desprotegida). Tem o 5-4-1 (Panamá), essa sim joga na retranca, esperando os contra-ataques.

A seleção de todos os tempos
No seu programa Esporte Espetacular, a TV Globo escolheu os 43 melhores jogadores brasileiros de todos os tempos e semanalmente pessoas ligadas ao futebol escalavam a sua seleção. Difícil tarefa, porque muitos tiveram que deixar de fora jogadores que brilharam nos campos de futebol daqui e do exterior. Dos jogadores que vi jogar (aí estão fora Garrincha, Nilton Santos, entre outros craques), eu escalaria um 4-2-4: Marcos; Cafu, Luizinho (que não foi selecionado pela Globo), Luís Pereira “Chevrolet” e Roberto Carlos; Gérson e Falcão; Jairzinho, Zico, Pelé e Romário.

Quem ficou fora…
Na escalação que fiz, foi levado em conta o esquema 4-2-4, por isso Tostão, Neymar (preferi Romário, levando-se em conta que foi o principal jogador na conquista da Copa 94), Rivelino, Clodoaldo, Toninho Cerezo, Marcelo, Junior e outros ficaram de fora. Ou seja, dá para escalar duas excelentes seleções no país do futebol. Porém, desde 1979 não acompanho mais futebol, por isso tive dificuldade em compor minha seleção. E vou explicar o motivo.

Por que me desencantei com futebol 1
Os mais velhos vão se lembrar que, em 1977, meu time Atlético Mineiro disputava a Copa Brasil com o São Paulo. Numa jogada, o zagueiro são-paulino Neneca foi desleal numa dividida com o atacante mineiro Angelo. Quando este rastejava pelo gramado, o Chicão veio e pisou na perna do atacante mineiro, que saiu de campo e não pôde ser substituído porque o Atlético havia esgotado as três a que os times têm direito.

Por que me desencantei com futebol 2
O que aconteceu dois anos depois, em 1979? O Atlético comprou o passe de Chicão, e aí não tive mais estômago para continuar torcendo e acompanhando futebol. Fora os jogos do Brasil, raramente assisto futebol, e hoje não sei nem escalar o time do Palmeiras.

Do anonimato ao estrelato
No primeiro jogo da Copa, dia 14, a Rússia venceu por cinco gols a zero a fraca Arábia Saudita. O curioso do jogo foi a entrada de Cheryshev após um companheiro ter se machucado. Ele fez dois gols e foi escolhido o melhor da partida e da Copa, pelo menos até o primeiro jogo de Cristiano Ronaldo, na sexta à tarde! Ri muito quando ouvi um locutor de rádio, tão logo terminou o jogo da Rússia (que foi o primeiro) dizer que Cheryshev fez os dois gols mais bonitos da Copa.

23/06/2018